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A segunda semana do monitoramento da cigarrinha-do-milho durante a safra 2024/25 em Santa Catarina encontrou uma média de quatro insetos por armadilha. Maria Cristina Canale Rappussi da Silva, pesquisadora da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri), explica que essa é uma média baixa, considerando que as armadilhas ficam expostas por sete dias nos locais onde será semeada a lavoura de milho no ciclo agrícola que inicia em setembro.
O milho ainda está na entressafra no Estado, contudo o monitoramento da cigarrinha já teve início e está sem seu segundo boletim. O monitoramento se estende por 40 semanas, alcançando os períodos da safra e da safrinha em Santa Catarina. Serão 60 lavouras monitoradas ao longo do período, em diferentes regiões produtoras do território catarinense.
A cigarrinha-do-milho é o inseto vetor das doenças do complexo do enfezamento, capazes de comprometer substancialmente a produção do grão. Para monitorar a incidência do inseto nas lavouras catarinenses, bem como sua infectividade, foi criado o programa Monitora Milho SC.
O programa é uma iniciativa do Comitê de Ação contra Cigarrinha-do-milho e Patógenos Associados, criado no começo de 2021 e composto pela Epagri, Udesc, Cidasc, Ocesc, Fetaesc, Faesc, CropLife Brasil e Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária.
A média de insetos encontrados na segunda semana de monitoramento é igual a da primeira semana. “O que se vê é que ainda existe o inseto na entressafra, mas em incidências baixas”, analisa Maria Cristina. Ela ressalta também que as análises não têm detectado muita infectividade natural nos insetos. Os resultados da primeira avaliação foram publicados pela Revista Cultivar no último dia 12 de agosto.
A segunda semana de monitoramento identificou baixa infectividade nas cigarrinhas capturadas. Foram localizados insetos infectados com o fitoplasma do enfezamento vermelho nos municípios de Guaraciaba e Tunápolis. O vírus do raiado fino foi encontrado apenas em Tunápolis. Não foram encontrados animais infectados com o espiroplasma do enfezamento pálido, nem como o vírus do mosaico estriado.
Maria Cristina comemora a baixa infectividade das cigarrinhas. “Entretanto, segue o alerta para eliminar plantas de milho voluntário, ou seja, aquelas que surgem de forma espontânea”, destaca a pesquisadora. Isso porque elas servem como abrigo para as cigarrinhas, que vão migrar para lavouras comerciais durante a safra.
“Nesse momento temos que manejar as plantas voluntárias e tomar cuidado durante o período inicial das lavouras”, recomenda Maria Cristina. Ela destaca que os produtores rurais podem ainda adotar variedades de milhos que sejam tolerantes às doenças, com sementes tratadas com inseticidas, e investir no manejo inicial com inseticidas, já no primeiro momento das lavouras.
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