Modificação genética melhora a fixação biológica de nitrogênio em arroz

Trabalho foi desenvolvido por estudiosos da Universidade da Califórnia e da Bayer Crop Science

13.08.2022 | 09:31 (UTC -3)
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Eduardo Blumwald (dir.) e Akhilesh Yadav - Foto: Trina Kleist/UC Davis
Eduardo Blumwald (dir.) e Akhilesh Yadav - Foto: Trina Kleist/UC Davis

Pesquisadores da Universidade da Califórnia e da Bayer Crop Science parecem ter descoberto forma de melhorar a fixação biológica de nitrogênio (FBN) em culturas de cereais.

Por meio de nova técnica, plantas de arroz foram modificadas para aumentar a produção de compostos que estimulam a formação de biofilme em bactérias diazotróficas do solo. Além disso, promovem a colonização bacteriana de tecidos vegetais e melhoram a fixação biológica de nitrogênio com aumento do rendimento de grãos em teores limitantes de nitrogênio no solo.

A técnica foi descrita em vários passos, em artigo científico publicado na revista Plant Biotechnology Journal.

Em resumo, os pesquisadores realizaram triagem química para identificar compostos produzidos por plantas que induzem a formação de biofilme em bactérias fixadoras de nitrogênio.

Descobriram que a apigenina e outras flavonas induzem a fixação biológica no nitrogênio.

Depois, editaram genes com objetivo de degradar a apigeniana no arroz. Assim, aumentaram os teores de apigenina da planta; e a exsudação da raiz.

Como resultado, em condições limitantes de nitrogênio no solo, as plantas de arroz modificadas apresentaram maior rendimento de grãos.

Os cientistas explicam que os resultados indicam a manipulação da via biossintética de flavonas como uma estratégia viável para a indução da fixação biológica de nitrogênio em cereais.

A equipe é composta por Dawei Yan (Department of Plant Sciences, University of California); Lauren C. Cline (Bayer Crop Science, St. Louis); Reedmond Y. Fong (Department of Nutrition, University of California); Javier I. Ottaviani (Department of Nutrition, University of California); Howard-Yana Shapiro (Department of Plant Sciences, University of California); Eduardo Blumwald (Department of Plant Sciences, University of California).

O artigo pode ser lido, em inglês, no link abaixo:

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