Milho: panorama da semana - 13/01/2023

Na última quinta-feira (12/1) foi divulgado o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os preços, que durante o dia se movimentaram pouco, apresentaram intensa alta após a divulgação. A USDA regrediu a previsão de produção Americana para valores inferiores ao esperado para milho e soja, além de rever a produção Argentina, que também ficará abaixo do estimado, afetada pela seca. O impacto no mercado foi grande já que o volume de produção circulante será menor.

Ainda sobre o cenário Argentino, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) também revisou a estimativa de área plantada para o milho 2022/23, que passa dos 7,3 milhões para apenas 7,1 milhões de hectares.

Áreas onde produtores entravam com cultivares de ciclo tardio não foram semeadas por falta de umidade no solo, excedendo a janela de plantio e inviabilizando o cultivo. Como reflexos desses cenários, no mercado interno, estados como MS continuam voltados para comercializações internacionais. A quebra de safra em alguns países e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia são os indicativos principais.

No cenário Brasileiro, a semana foi pautada por pouca fluidez nos negócios. De acordo com Safras e Mercados, o abastecimento nesse primeiro semestre do ano será peculiar pois o estoque de passagem está reduzido devido ao grande volume de exportações no segundo semestre de 2022.

No Rio Grande do Sul, fluxo de negócios pontual, com disparidade entre oferta e demanda. Em Santa Catarina, a mesma disparidade entre intenção de compra e venda inviabiliza grande parte dos negócios tanto no diferido quanto no tributado, este tendo ainda como complicador o frete. O Estado de Goiás operou sem pressão para vendas esta semana. No Mato Grosso, mercado inclinado para a soja e com os olhares para a safrinha 2023.

Cotação Tarken para esta sexta no mercado físico do milho:

• Luís Eduardo Magalhães (BA) - R$ 70,36;

• Balsas (MA) - R$ 71,31;

• Rio Verde (GO) - R$ 75,04.

Por Mahany Martins, Tarken