Abertas inscrições para o Simpósio Paulista de Mecanização em Cana-de-açúcar
Se as condições meteorológicas registradas até aqui não satisfazem a totalidade dos produtores de milho do Rio Grande do Sul, o mercado está promissor. Mesmo com a entrada da nova safra, o grão segue com boa procura e preços vantajosos em relação aos do ano passado, quando a saca de 60 kg era vendida por um preço 26,40% menor que o atual. Nesta última semana, a cotação média em âmbito estadual ficou em R$ 23,08. Uma variação de apenas –0,04% no período. Segundo o Informativo Conjuntural, elaborado pela Emater/RS-Ascar, a cultura chega nesta semana com 14% de sua área já colhida e apresentando, até o momento, excelentes rendimentos, com estes situando-se acima dos 4.500 kg/ha, em média. As lavouras que estão maduras e por colher e que representam 19% do total também apresentam potencial produtivo muito bom.
As chuvas ocorridas nas principais regiões produtoras de milho, localizadas mais ao Norte, embora irregulares e em baixos volumes, serviram para manter os níveis de umidade do solo em patamares favoráveis à manutenção do desenvolvimento das plantas, em especial para aquelas que estão nas fases de floração e enchimento de grãos. Apesar do bom momento nesse início de colheita, a continuidade da deficiência hídrica, mesmo em zonas onde as chuvas têm sido mais frequentes, põe em risco as lavouras semeadas mais recentemente, principalmente aquelas implantadas em solos mais rasos e/ou degradados. Nestas, o desenvolvimento tem se mostrado deficiente, dando indícios de comprometimento da produtividade.
A colheita do feijão já atinge os 62% da área estadual, e há tendência de um final muito satisfatório de produção e qualidade. A lavoura da 1ª safra de feijão no Estado prossegue normalmente, com bom desempenho na metade Norte do RS. A situação mais difícil se encontra na outra metade, especialmente na Campanha e Zona Sul, com estiagem mais severa, sendo, nesta última, com perdas significativas, estimadas em cerca de 50%, também contabilizando danos na qualidade dos grãos. Nesta área se concentra um expressivo número da agricultura familiar e, como exemplo, citamos o município de Canguçu, que cultiva a maior área de feijão do Estado, e que vem sofrendo com essa situação. Entretanto, no contexto geral da lavoura no RS, a produtividade e a produção deverão estar muito próximas do estimado inicialmente para a cultura desta safra, em decorrência das boas colheitas no Norte do Estado.
A cultura do arroz segue evoluindo de forma bastante satisfatória e adiantada, se comparada com os anos anteriores, com cerca de 16% das lavouras em fase de formação de grãos, contra uma média de 8%, consideradas as últimas cinco safras. De maneira geral, as lavouras apresentam bom padrão, com o potencial produtivo das lavouras também considerado bom, e com possibilidade que as estimativas iniciais sejam superadas.
Continuam regulares as condições de umidade no solo na maioria das principais regiões produtoras de soja, o que favorece o desenvolvimento da cultura. Cerca de 48% da área está em fase de floração, com 11% alcançando o estádio de formação de vagens e enchimento de grãos. No momento, os produtores seguem o controle de lagartas e prevenção à ferrugem da soja, no intuito de preservar o potencial produtivo das lavouras.
A cebola se apresenta em fase de colheita na Zona Sul. Em Rio Grande e São José do Norte, este último, o maior produtor do Estado, a colheita já terminou. As perdas estimadas são em torno de 20% em consequência da estiagem. O preço médio de venda permanece em R$ 0,20/kg.
A safra de Inverno/Primavera de repolho está com produção acima da média na Serra Gaúcha, em razão do aumento de área e das produtividades. Pela redução da oferta da última safra, há sinais de recuperação da valoração de mercado. O preço médio atual é de R$ 0,40/unidade.
Concluída a colheita da ameixa Fortune (Italianinha) na região Serrana, inicia-se a da variedade Letícia, de maior área e produção da região. Ambas estão com frutos de ótimo calibre e sanidade, mas com menor produtividade nesta safra. O preço médio é de R$ 3,00/kg.
Aproximadamente 85% da área com melancia já se encontra colhida na região dos Vales do Taquari e Caí. A produtividade fica entre 20 a 30 toneladas por hectare. A qualidade tem sido boa (mais doce neste ano, favorecido pelo calor e pouca chuva). Na região, destacam-se, pela produção, os municípios de Capela de Santana, Montenegro e Taquari.
A colheita da cultura do pêssego está chegando ao seu final na Zona Sul, apresentando perdas que variam entre 30% a 60% na região, devido à estiagem, ventos fortes e chuvas, que prejudicaram os pomares A comercialização na semana variou entre R$ 0,55/kg a R$ 0,80kg.
O clima desfavorável na Campanha e Zona Sul segue provocando uma redução na oferta de animais para o abate. O estado geral dos animais segue considerado razoável na maioria dos municípios que compõem a região, no entanto, já está sendo esperada uma redução no número de nascimentos para próxima Primavera, devido à diminuição da ocorrência de cio nas fêmeas e o baixo índice de prenhez observado.
Raquel Aguiar
Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar
(51) 2125-3104
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