Mercado prevê crescimento do esmagamento de soja em 2022

Neste cenário empresas como a COPAGRI, que atua nos segmentos da cadeia produtiva e de commodities, com indústria de beneficiamento da soja transformando-a em óleo para biodiesel, acabam por qualificar as possibilidades do Brasil de se diferenciar no mercado internacional

04.04.2022 | 13:50 (UTC -3)
Katya Desessards

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) informou ao mercado, esta semana, que estima para 2022 novo recuo da venda doméstica de óleo de soja para 7,9 milhões de toneladas, o mesmo patamar registrado em um 2019, em função da manutenção da mistura do biodiesel ao diesel fóssil em 10% ao longo do ano. E por conta, principalmente, da baixa do consumo doméstico, a entidade projeta estoque de passagem recorde para 2023, em mais de 600 mil toneladas. A exportação e a produção seguem sem mudanças sobre as estimativas anteriores em, respectivamente, 1,7 e 9,7 milhões de toneladas.

Com base nas avaliações da inteligência de mercado de suas associadas, a ABIOVE reduziu a projeção da safra 2022 para 125,3 milhões de toneladas, incorporando as perdas decorrentes dos problemas climáticos que afetaram algumas regiões do país. Apesar da menor safra, o processamento estimado segue inalterado em 48 milhões de toneladas, em razão das boas expectativas para a exportação do farelo e do óleo de soja, assim como, também, para o consumo interno de farelo.

E neste cenário empresas como a COPAGRI, de Curitiba, que atua nos segmentos da Cadeia produtiva e de commodities, com indústria de beneficiamento da soja transformando-a em óleo para biodiesel; assim como operadora de exportação, acabam por qualificar as possibilidades do Brasil de se diferenciar no mercado internacional. “O biodiesel pode ser uma ótima opção, por exemplo, para a Comunidade Européia diante do dilema de ampliar suas possibilidades energéticas e sair da dependência da Rússia”, pondera Enrique Traver, CEO da Copagri. Para ele, o mercado interno também pode crescer, por conta da crescente busca por combustíveis e energias fora da cadeia do Petróleo.

Em janeiro desde anos, segundo a ABIOVE, o setor processou 2,6 milhões de toneladas, para uma amostra que historicamente representa 83,5% do esmagamento nacional. Corrigindo esta quantidade para contemplar toda a cadeia nacional de soja, o resultado indica um crescimento de 19,7% sobre janeiro de 2021, atingindo 3,1 milhões de toneladas.

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