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A safra americana de soja caminha para a reta final. Cerca de 94% das lavouras estão na fase de enchimento de grãos. Do total, 11% já entraram em maturação. A qualidade caiu em relação à semana anterior: 65% são consideradas boas ou excelentes, ante 69% na semana passada. A área cultivada neste ano é 1,5 milhão de hectares menor que em 2024. A estimativa de produção recuou para 116,8 milhões de toneladas, contra 118,8 milhões do ano passado.
Em Chicago, os contratos futuros de soja recuaram com o avanço da colheita nos Estados Unidos. O contrato de novembro caiu abaixo dos US$ 10,50 por bushel. Contratos mais longos perderam o patamar de US$ 11, influenciados também pela valorização do dólar frente ao real.
No Brasil, o plantio da nova safra começou timidamente, com menos de 1% das áreas já semeadas. As chuvas iniciaram em algumas regiões, como o Oeste do Paraná, onde as máquinas já operam. A comercialização da safra 2024 atinge 72,5%, abaixo da média histórica de 77%. Ainda restam 46,7 milhões de toneladas nas mãos dos produtores. A safra nova tem 18,5% comercializados, contra 25% de média. No Mato Grosso, 22% foram negociados, ante uma média de 35%.
Nos portos brasileiros, os prêmios da soja se mantêm firmes, entre 160 e 170 pontos, com cotações variando de R$ 142 a R$ 145 por saca. A demanda externa segue aquecida mesmo com o feriado nos EUA.
O milho também perde qualidade nos Estados Unidos. Atualmente, 69% das lavouras são boas ou excelentes, ante 71% na semana anterior. O enchimento de grãos alcança 58%. A maturação avançou para 15%. A área plantada subiu em 1,8 milhão de hectares. A produção pode chegar a 420 milhões de toneladas, abaixo das estimativas do USDA.
Em Chicago, os preços tentam se sustentar acima de US$ 4 por bushel, com contratos a partir de maio de 2026 acima de US$ 4,50. A expectativa de aumento na demanda por etanol nos EUA, China, Índia, Paraguai, Argentina e Brasil deve fortalecer o consumo global de milho.
No Brasil, a colheita da segunda safra alcançou 98%. A comercialização está em 56%, contra uma média de 63%. O plantio da primeira safra começou com 25% das áreas semeadas, também abaixo da média. O Rio Grande do Sul já plantou 35%. O clima favorece o avanço, mas produtores seguem atentos ao risco de geadas em setembro.
O algodão americano mostra qualidade irregular. Cerca de 90% das lavouras formam maçãs, mas apenas 51% estão em condição boa ou excelente, abaixo da média ideal entre 65% e 75%. A colheita no Brasil está praticamente concluída.
O trigo americano de primavera já foi colhido em 72% das áreas. A colheita do inverno terminou. Mesmo com avanço rápido, os preços seguem pressionados pela concorrência russa. Em Chicago, os contratos oscilam entre US$ 5,13 e US$ 5,50. A produção global continua inferior à demanda.
No Brasil, o mercado de trigo segue morno. Os preços variam de R$ 1.280 no Rio Grande do Sul a R$ 1.450 no Centro-Oeste. A colheita começou no Paraná e avança para o Norte e Oeste do Estado. A área plantada recuou, mas as lavouras apresentam boa qualidade no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
O arroz também enfrenta calmaria. Produtores, indústrias e varejistas relatam prejuízos em agosto. O preço do pacote gira entre R$ 15 e R$ 25. A saca no RS varia de R$ 65 a R$ 70. O plantio começa nos próximos dias. A área no RS deve cair 5%, abaixo da expectativa do setor. Santa Catarina e Tocantins também terão redução.
O mercado do feijão mantém ritmo lento. A colheita da terceira safra avança com queda de área, produtividade e qualidade. Os preços do feijão tipo 9 variam de R$ 210 a R$ 230. Produtores apostam em alta futura e seguram parte da produção. O feijão nota 8 gira entre R$ 180 e R$ 210. O feijão preto, entre R$ 110 e R$ 130. A primeira safra terá área reduzida, o que pode impulsionar preços em 2026.
Por Vlamir Brandalizze - @brandalizzeconsulting
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