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A ausência da China nas compras de soja americana há mais de seis meses pressiona o mercado em Chicago. O grão permanece lateralizado, mesmo com declarações de Donald Trump sobre uma possível retomada das negociações comerciais. A guerra por terras raras entre China e Estados Unidos continua como pano de fundo geopolítico.
Nos EUA, a colheita da soja atinge 60%, acima da média histórica. No Brasil, o plantio avança com destaque para o Paraná, que supera 60% da área. O Mato Grosso ultrapassa 30% e deve ganhar ritmo com a regularização das chuvas no Centro-Oeste.
A Conab projeta para a safra 2025/26 uma produção de 177,6 milhões de toneladas de soja, frente às 171,5 milhões do ciclo anterior. A área plantada deve crescer para 49,1 milhões de hectares, podendo alcançar 50 milhões. A exportação total estimada de soja, farelo e óleo chega a 138,3 milhões de toneladas.
A demanda interna também avança. O uso de biodiesel com B15 ao longo de todo o ano aumenta o consumo de óleo de soja. O setor de ração mantém demanda recorde por farelo.
O IBGE projeta uma safra total de grãos de 341,9 milhões de toneladas, superior às 292,7 milhões da safra passada. Para a soja, estima 165,9 milhões de toneladas, abaixo da previsão da Conab.
As exportações brasileiras acumulam 97 milhões de toneladas embarcadas. A comercialização da safra atinge 74,6% em volume, número recorde. A nova safra avança nas vendas, mas ainda abaixo da média histórica.
No milho, a colheita americana chega a 50%. O mercado em Chicago tenta se sustentar com suporte técnico, mas é impactado pelo impasse orçamentário nos EUA. A Conab estima 138,6 milhões de toneladas para a nova safra, frente às 141,1 milhões do ciclo anterior. A exportação prevista é de 46,5 milhões de toneladas.
A demanda interna cresce para 94,6 milhões de toneladas, puxada pelo etanol de milho. A comercialização da safrinha atinge 70 milhões de toneladas. O plantio avança no Sul, com destaque para Paraná (90%) e Rio Grande do Sul (85%).
O trigo enfrenta excesso de oferta do Leste Europeu. A desvalorização do rublo e da grívnia pressiona os preços. A colheita brasileira avança com boa produtividade no Paraná. No Rio Grande do Sul, o enchimento de grãos evolui bem. A safra pode atingir 7,5 milhões de toneladas, frente a uma demanda nacional entre 12 e 13 milhões.
No arroz, o mercado segue calmo. Produtores detêm quase 50% da safra. Indústrias operam com estoques. O preço no varejo varia entre R$ 15,00 e R$ 20,00 para marcas comerciais. A Conab projeta produção de 11,5 milhões de toneladas, suficiente para atender a demanda nacional estimada em 11 milhões.
O feijão registra safra menor, com 3,045 milhões de toneladas frente a 3,075 milhões no ano anterior. A Conab estima exportação de 214 mil toneladas para a próxima safra, mas os embarques já superam 488 mil toneladas em 2025, recorde histórico. Mesmo com bons números externos, o mercado interno permanece fraco. Preços do feijão carioca e preto recuam, pressionados por varejo retraído e oferta elevada.
Por Vlamir Brandalizze - @brandalizzeconsulting
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