Alta da ureia no Brasil chega a US$ 30 por tonelada
Índia impulsiona preços da ureia e produtores brasileiros enfrentam custos maiores às vésperas da safrinha 2025/26
Segundo o boletim semanal do Departamento de Economia Rural (Deral), divulgado nesta terça-feira (15), a semana entre os dias 8 e 14 de julho foi marcada por tempo firme em praticamente todo o estado, favorecendo o avanço das colheitas e o plantio das culturas de inverno. No entanto, os impactos das geadas e oscilações térmicas ainda são sentidos em diversas lavouras.
A colheita do milho segunda safra alcançou 40% da área plantada no estado. Apesar de a produtividade estar dentro do esperado em muitas regiões, as lavouras afetadas pela seca no início do ciclo e pelas geadas mais recentes apresentam perdas significativas. Algumas áreas destinadas à silagem tiveram prejuízos totais, enquanto outras mostram uniformização indesejada, o que pode concentrar a colheita e comprometer a qualidade dos grãos.
A colheita do café atingiu 57% e segue favorecida pelo clima seco. Embora algumas lavouras tenham sido afetadas por geadas e excesso de chuvas durante a maturação, a qualidade da bebida tem superado a do ano anterior. A incidência do bicho-mineiro também foi maior este ano, reflexo da seca registrada em janeiro.
Com 99% das áreas já plantadas, o trigo e a cevada avançam para a fase de desenvolvimento. A cevada, em especial, apresenta bom perfilhamento, mas requer cuidados com doenças fúngicas como a mancha em rede e a mancha marrom, que estão exigindo ações preventivas e curativas.
As hortaliças, especialmente as folhosas, sofreram com a geada severa seguida de chuvas, o que elevou os preços no mercado – em alguns casos, como a alface, o valor chegou a dobrar. Os produtores já iniciaram o replantio das áreas afetadas. As pastagens também foram duramente atingidas, com perda de massa verde e necessidade de suplementação alimentar com silagem, o que tem elevado os custos da produção pecuária.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura