Alta da ureia no Brasil chega a US$ 30 por tonelada
Índia impulsiona preços da ureia e produtores brasileiros enfrentam custos maiores às vésperas da safrinha 2025/26
As exportações brasileiras de frutas fecharam o primeiro semestre de 2025 com resultados positivos. Segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), com base na plataforma AgroStat/Mapa, o país exportou mais de 546 mil toneladas de frutas frescas e processadas, com faturamento de US$ 583 milhões, o que representa um aumento de 27,17% em volume e 12,58% em valor em comparação com o mesmo período de 2024.
Entre as frutas mais exportadas, o melão lidera com mais de 118 mil toneladas, registrando crescimento de 19,74% em volume em relação ao mesmo período do ano anterior. Em seguida, vêm os limões, com cerca de 107 mil toneladas, e a manga, com quase 88 mil toneladas.
Na sequência, destacam-se a melancia, com aproximadamente 74 mil toneladas e expressiva alta de 75,93% em volume. Já as bananas tiveram desempenho consistente, com 43 mil toneladas exportadas, crescimento de 97,27% em volume e 80,74% em valor, totalizando US$ 15,7 milhões exportados no período.
O mamão, com 27,4 mil toneladas; o abacate, com 19,5 mil toneladas, que apesar da queda de 11,17% no volume, alcançou 38,3 milhões de dólares em exportações; e a maçã, com 13,1 mil toneladas, que cresceu 42,17% em volume e 60% em valor.
As uvas também ganharam destaque, com 10,3 mil toneladas exportadas, um aumento de 106% em volume e 77,48% em valor, somando 26,5 milhões de dólares.
“O desempenho no primeiro semestre é fruto do trabalho incansável dos nossos produtores e exportadores, que enfrentam desafios logísticos, climáticos, políticos e, ainda assim, conseguem manter o Brasil como referência mundial em frutas tropicais. Graças a eles, todos nós colhemos os frutos do desenvolvimento do País”, destaca o presidente da Abrafrutas, Guilherme Coelho.
Apesar dos bons resultados, o setor ainda enfrenta desafios, como a ameaça de novas barreiras comerciais. Entre elas, está a possível taxação sobre produtos agrícolas brasileiros por parte do governo Trump, dos Estados Unidos. Diante desse cenário, a estratégia será diversificar ainda mais os mercados e fortalecer relações comerciais com outros países.
Desde 2023, o Brasil conquistou o acesso a sete novos mercados para frutas como avocado, mamão, cítricos e uva, incluindo países estratégicos como Chile, Índia, Japão, Costa Rica e China. Além disso, o país está com tratativas para a abertura de outros mercados.
Segundo o presidente da Associação, a entidade tem como missão defender os interesses do setor, dar apoio técnico aos produtores e a promoção das frutas brasileiras no exterior. “Apesar das dificuldades crescentes, seguimos firmes, com foco na inovação, na sustentabilidade e na abertura comercial. Nossa fruticultura é motivo de orgulho nacional”, conclui Guilherme Coelho.
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