O agronegócio tem uma expressiva participação na economia do país. Hoje, a atividade representa pouco mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e, até o final de 2018, deve crescer 3,4% de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Com o alto potencial do setor, muitas empresas têm investido em diferentes tecnologias para garantir cada vez mais eficiência e redução de despesas para suas operações.
Porém, o que chamou a atenção do mercado atual é a alta procura por ferramentas que, até então, eram utilizadas apenas na construção civil. De acordo com Hugo Magno, Consultor de Desenvolvimento de Mercado da Sotreq, empresa com 76 anos de atuação no mercado e uma das maiores provedoras de soluções, produtos e sistemas Cat® no Brasil, existe uma explicação para o aumento das vendas para o setor. “Há uma demanda crescente por produtividade no Agronegócio e, consequentemente, as aplicações se tornaram mais severas. Os parâmetros operacionais e de produção têm sido alterados para valores mais críticos, o que intensifica a necessidade por equipamentos de maior porte, mais produtivos e rápidos e com projetos que favoreçam maior disponibilidade mecânica”, descreve.
Atualmente, dois produtos se destacam na agricultura. Um é a Escavadeira, pela sua versatilidade em atividades como escavação de pequenos açudes, represas, lagos, tanques para carcinicultura, piscicultura, abertura de valetas para drenagem ou sistemas de irrigação, limpeza e preparação de terreno, silvicultura, supressão vegetal, entre outros. O outro é a Carregadeira, que pode ser empregada em terraceamento, levantamento de curvas de nível, preparação de terreno, pilhas de bagaço, movimentação de cargas como fardos de algodão, feno e muitas outras tarefas.
“Um mesmo equipamento pode realizar, de maneira eficiente, uma vasta gama de trabalhos. Sendo assim, independente da sazonalidade da safra, sempre haverá alguma atividade para uma maquina desse porte realizar”, afirma Magno.
Adaptações para o campo
Para serem manuseadas na agricultura, os equipamentos podem passam por adaptações e configurações e recebem, ainda, algumas ferramentas de trabalho, sendo essas denominadas Work Tools. A escolha desses Work Tools depende do tipo de operação que o cliente pretende manusear, ou seja, quanto mais especializado for o procedimento, maior será a necessidade por alguma adaptação da máquina.
Segundo Magno, no portfólio da Caterpillar, por exemplo, existem configurações especiais que valorizam a produtividade em trabalhos que apresentam maior severidade. Exemplo disso é o arranjo Sugar Cane existente para a Carregadeira de Rodas Cat® 938K. “Ele propicia à carregadeira uma maior produtividade na movimentação de pilhas de bagaço de cana. Em escavadeiras, no entanto, estamos explorando o uso de engate rápido no modelo 313D2L que possibilita o uso de diferentes implementos na agricultura”, afirma o consultor.
Dentro da Sotreq, os principais modelos procurados pelos clientes são as Escavadeiras Cat® 313D2L, 318D2L e 320 e as Carregadeiras de Rodas Cat® 924K, 930K, 938K e 950L. “Hoje oferecemos produtos cada vez mais versáteis, robustos e com diferentes finalidades, como Tratores de Esteira, especialmente o modelo D6K, e as Motoniveladoras Cat® 120K, 12K e 140K. Todos com um custo de produção muito atrativo para o cliente”, afirma.
Esses itens contam, ainda, com uma rede de Suporte ao Produto que é desenhada para ofertar soluções que maximizem sua disponibilidade. Além disso, mais um diferencial é o sistema de monitoramento via satélite e a integração com o SotreqLink, ferramenta desenvolvida pela Sotreq que viabiliza a gestão da frota, acompanhamento do controle de custos operacionais e aquisição de peças e serviços on-line.
A Sotreq e a Caterpillar também possuem soluções de tecnologia que podem aumentar a eficiência da operação, como o Cross Slope, para Motoniveladoras, que auxilia na execução do caimento de drenagem para estradas vicinais, e o Slope Assist, tecnologia padrão nos tratores de esteira D6K e D6N, que mantém, de forma automática, a inclinação da lâmina de acordo com a necessidade do operador.
O Consultor de Desenvolvimento da Sotreq ressalta que, independentemente da utilização, algumas cautelas devem ser seguidas para não interferir no desempenho da máquina. Entre elas, deve-se atentar à experiência e habilidade do operador, pois quanto melhor for seu nível de aptidão, mais produtiva será a máquina.
“A manutenção do equipamento também deve ser levada em consideração. Se for feita com a própria equipe do cliente, é necessário atentar aos procedimentos que o fabricante indica, entre eles, adotar práticas do manual de operação e manutenção da máquina, usar peças originais e contar com mão de obra treinada”, informa Hugo. “Uma opção é a empresa contratar o distribuidor para realizar a manutenção, como é o caso da Sotreq que possui diversas opções de contratos de manutenção que podem beneficiar o cliente nesse sentido. Lembrando que a operação e a manutenção são a alma de uma máquina produtiva”, conclui Magno.