Levantamento sobre produção de cana-de-açúcar tem início no Paraná
A atividade tem como objetivo apurar as informações sobre a cana-de-açúcar nos principais municípios produtores do Parará
O número de mulheres dirigindo propriedades rurais no Brasil alcançou quase 1 milhão. A partir do Censo Agropecuário de 2017, o IBGE identificou 947 mil mulheres responsáveis pela gestão de propriedades rurais, de um universo de 5,07 milhões. A maioria está na região Nordeste (57%), seguida pelo Sudeste (14%), Norte (12%), Sul (11%) e Centro-Oeste, que concentra apenas 6% do universo de mulheres dirigentes. Os dados foram obtidos a partir de um trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a Embrapa e o IBGE, no âmbito de um Termo de Compromisso assinado entre as três instituições por intermédio do Programa Agro Mais Mulher.
De acordo com a pesquisa, juntas, elas administram cerca de 30 milhões de hectares, o que corresponde apenas a 8,5% da área total ocupada pelos estabelecimentos rurais no país.
Do total geral de estabelecimentos identificados pelo Censo Agropecuário 2017 (5,07 milhões), as mulheres são proprietárias de apenas 19%, enquanto os homens detêm 81%. Com relação às atividades econômicas desempenhadas nas propriedades, há uma diferença entre mulheres proprietárias e não proprietárias.
Entre as proprietárias, 50% das atividades econômicas estão relacionadas à pecuária e criação de outros animais; 32% à produção de lavouras temporárias e 11% à produção de lavouras permanentes. Entre as não proprietárias (produtoras sem área; concessionárias ou assentadas aguardando titulação definitiva; ocupantes; comandatárias; parceiras ou arrendatárias), 42% das atividades econômicas estão relacionadas à produção de lavouras temporárias; 39% à pecuária e criação de outros animais e 7% à produção de lavouras permanentes. As demais se encontram distribuídas entre produção florestal (florestas nativas e florestas plantadas), horticultura e floricultura, aquicultura, pesca e produção de sementes e mudas certificadas.
Outros dados também foram identificados referentes às mulheres, entre eles, a porcentagem de estabelecimentos dirigidos por mulheres no total de estabelecimentos com recursos hídricos e irrigação. Em áreas onde foram construídas cisternas, em um total de 1 milhão, 23,9% são estabelecimentos dirigidos por mulheres; enquanto que em áreas onde foram identificados 1,3 milhão de propriedades com poços convencionais, 16,4% têm mulheres na gestão; 12,4% ocupam áreas com nascentes protegidas por matas de um total de 1,3 milhão de estabelecimentos; e 13,7% com rios ou riachos protegidos por matas de um total de 1,7 milhão de propriedades rurais.
Além disso, os estudos apontaram também que apenas 9,6% das mulheres obtêm informações técnicas através de reuniões técnicas ou seminários, enquanto entre os homens, a porcentagem é de 14,3%. No que se refere à participação em atividades associativas, como cooperativas, apenas 5,3% são cooperadas, enquanto 12,8% dos homens participam de algum tipo de associação.
Os resultados da pesquisa “Mulheres Rurais, Censo Agro 2017” foram divulgados na sexta-feira (13), durante a semana do Dia Internacional da Mulher, no Ministério da Agricultura, e contou com a participação da ministra Tereza Cristina. Duas pesquisadoras da Embrapa participaram da elaboração do trabalho, Cristina Arzabe e Valéria Hammes, da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas da Embrapa (SIRE), em Brasília. também ocorreu o lançamento do volume ODS 5 – Igualdade de Gênero (versão em inglês) da coleção "Objetivos de Desenvolvimento Sustentável" (Coleção ODS) da Embrapa.
Conheça os dados da pesquisa acessando aqui.
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