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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou, nesta segunda-feira, (28/03), a Câmara Temática Temporária do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). O órgão, cuja finalidade é aumentar a capilaridade da inspeção dos alimentos de origem animal e vegetal, foi instituído pela Portaria nº 65, publicada no Diário Oficial da União, no dia 28 de março.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) é membro da Câmara, tendo como titular o coordenador de Produção Animal e Rastreabilidade, Juliano Hoffmann, e como suplente a coordenadora de Produção Agrícola, Natália Fernandes. Também compõem a Suasa representantes da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), Secretaria de Integração e Mobilidade Social (SIMS); Associação Brasileira de Municípios (ABM), Confederação Nacional de Municípios (CNM), Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Para Juliano Hoffmann, a Suasa deve promover a articulação de todos os níveis do poder público, facilitando os aportes de recursos necessários para respostas imediatas às crescentes exigências por medidas de proteção sanitária de plantas, animais e outros produtos de origem na agropecuária brasileira. “A Câmara abre também a possibilidade de unificar, no Sistema, postura e prática quanto a conceitos importantes nacionalmente, como sustentabilidade, segurança alimentar, gestão e comunicação de risco e inclusão social”.
Neste sentido, complementa Hoffmann, a criação da Câmara deve trazer, entre outros benefícios, a ampliação da abrangência de atendimento a todas as áreas do território nacional, o aumento da sinergia entre as entidades parceiras, o aperfeiçoamento dos processos de trabalho em função das diferentes realidades regionais e locais e, por consequência, a melhoria da qualidade, efetividade e credibilidade dos serviços.
Juliano observa, no entanto, que a Suasa só será bem sucedida se a instância federal estiver preparada para agir na solução ou mitigação dos problemas. “Na prática, isso exige uma postura permanente de negociação, cooperação e apoio às demais instâncias federativas, que precisa ir muito além do aporte técnico-financeiro para ações específicas tradicionalmente praticadas”, diz. E finaliza “esse é o objetivo da Portaria nº 65, que merece o devido reconhecimento e enaltecimento por parte do setor produtivo”.
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