Mancha-alvo ganha espaço nas lavouras de soja

Expansão da doença exige manejo preventivo para evitar perdas significativas no rendimento

17.12.2025 | 15:24 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações de Ingrid Ribeiro
Folha de soja com sintoma de mancha-alvo; foto: Cláudia Godoy (Embrapa)
Folha de soja com sintoma de mancha-alvo; foto: Cláudia Godoy (Embrapa)

A mancha-alvo, causada pelo fungo Corynespora cassicola, tem se consolidado como uma das principais ameaças à produtividade da soja no Brasil. Com severidade elevada, desafios relacionados à resistência e avanço contínuo das infestações, a doença apresenta crescimento médio de 33% ao ano na área tratada, superando outras importantes enfermidades da cultura.

De acordo com Fábio Lemos (na foto), engenheiro agrônomo e gerente de culturas e portfólio da FMC, a expansão da mancha-alvo ocorre em ritmo mais acelerado do que o observado para doenças como ferrugem asiática, mofo-branco e antracnose. “Esse comportamento reforça a necessidade de um manejo que considere o complexo de doenças presente em cada região produtora”, afirma.

Entre os fatores que explicam a evolução da doença estão a adoção de cultivares altamente produtivas, porém mais suscetíveis a patógenos, a ampla área cultivada com soja no país e sistemas como o de sucessão soja-algodão, que favorecem o desenvolvimento e a sobrevivência do fungo. Soma-se a isso a diversidade genética das populações de Corynespora, submetidas a diferentes condições climáticas e pressões de seleção.

Segundo o especialista, a ausência de estratégias preventivas pode resultar em perdas de até 20% do potencial produtivo da lavoura, comprometendo tanto o rendimento quanto a qualidade dos grãos.

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