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Pesquisadores identificaram uma nova espécie de cigarrinha-da-cana em lavouras brasileiras. Mahanarva diakantha diferencia-se das já conhecidas Mahanarva fimbriolata e Mahanarva spectabilis, apesar da semelhança visual. A descoberta pode afetar o controle da praga e a produtividade da cana-de-açúcar.
O inseto passou anos sendo confundido com espécies próximas. A diferenciação só foi possível após a aplicação de três métodos: análise morfológica da genitália dos machos, morfometria geométrica das asas e sequenciamento do gene mitocondrial COI.
O nome da nova espécie, “dois espinhos” em grego, faz referência à bifurcação presente na genitália dos machos.
A distinção tem implicações diretas para o manejo agrícola. Por ter sido tratada como outra espécie, a M. diakantha pode ter passado despercebida em levantamentos anteriores, o que comprometeu estratégias de controle. Entre os riscos estão variações no ciclo de vida, interações com o ambiente e possível resistência a inseticidas.
Pesquisadores encontraram exemplares da nova espécie já coletados desde 1961, mas identificados erroneamente como M. fimbriolata. A descoberta exige reavaliação de estudos anteriores e das formas de controle adotadas.
As três espécies compartilham áreas de ocorrência no Sul e Sudeste do Brasil. A olho nu, são indistinguíveis. Sem acesso a ferramentas moleculares ou dissecação dos machos, a identificação correta é inviável.
Segundo os cientistas, a separação das espécies parece recente do ponto de vista evolutivo. A descrição formal abre caminho para entender melhor a distribuição, o impacto nas lavouras e a diversidade genética da nova praga.
Outras informações em doi.org/10.1017/S0007485325100503
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