“Produtores estão otimistas”, diz presidente da Aprosoja

Em Sinop, agricultores debateram sobre custos de produção, biotecnologias e a safra 2016/17 no projeto Soja Brasil

22.09.2016 | 20:59 (UTC -3)
Comunicação Aprosoja

“O desafio é grande, Mato Grosso precisa de uma boa safra. Mas estamos otimistas e a expectativa é de uma safra perto de 30 milhões de toneladas”, disse Endrigo Dalcin, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) nesta quarta (21), em Sinop. Dalcin está participando da abertura oficial do plantio de soja, evento do projeto Soja Brasil.

Uma série de palestras técnicas mostrou aos agricultores informações importantes sobre biotecnologia, mercado e manejo para que a safra de soja de Mato Grosso seja bem-sucedida. “Os alertas de hoje precisam ser levados para dentro das propriedades. A Aprosoja tem feito muitas recomendações também para que possamos seguir com safras recordes e remuneradoras para o produtor”, ressaltou o presidente da Aprosoja.

O tema central das palestras técnicas foi custo de produção. O pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), dr. Marcelo Gravina de Moras, falou sobre os impactos da biotecnologia no agronegócio e como ela vem reduzindo estes custos. Segundo o PhD em Fitopatologia e membro do Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB), a soja transgênica ocupará 49 milhões de hectares nesta safra no Brasil – 11,4 milhões só em Mato Grosso. O milho ocupa 15,7 milhões de hectares no país.

As primeiras variedades de milho BT começaram a ser comercializadas no Brasil em 2008 e, de lá para cá, houve um incremento de 44% na produção e apenas 6,1% na área. Em relação à soja BT, que começou a ser plantada em 2013, já houve aumento de 18% na produção e 16% da área. “Já é possível verificar melhoria na produtividade em menor área, assim como há diminuição no uso de produtos ativos”, informou o doutor Gravina durante a palestra.

O pesquisador ainda explicou que somente em 2014 “sobrou” 20 mil hectares de área por causa das variedades transgênicas. “Se não existisse os transgênicos resistentes à pragas e doenças, os produtores rurais teriam que usar toda esta área para produzir o que conseguiram produzir naquele ano”, afirmou Gravina.

Os insumos totalizam 65% do custo de produção de uma safra e, por isso, as compras precisam ser bem feitas e no momento certo. Esse foi um dos alertas da Scot Consultoria, que apresentou palestra convidada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) durante o evento Soja Brasil. O pesquisador da Embrapa Soja, Fernando Adegas, apresentou também sobre o controle de plantas daninhas e tecnologias de aplicação, fundamentais para diminuir custos.

A Basf apresentou a palestra Manejo de Doenças de Soja, com Valtenir José Carlin, engenheiro agrônomo da Agrodinâmica e membro da Comissão de Defesa Sanitária Vegetal de Mato Grosso (CDSV-MT). A Yara tratou de fertilidade de solos para safras produtivas.

Participaram do evento o vice-presidente da Aprosoja, Elso Pozzobon, o diretor financeiro Antônio Galvan, a 2ª vice-presidente Norte, Roseli Giachini, o presidente da Aprosoja Brasil, Marcos da Rosa, e os presidentes das Aprosojas Paraná, Goiás, Pará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Piauí.

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