Livro relata história da colonização do cerrado

A ocupação do cerrado brasileiro e a fundamental influência japonesa neste processo são o tema do livro “O cerrado e o seu brilho”, que o autor Celso Mizumoto lança na próxima quinta-feira (22/10)), às 20h, no espaço Bartira Eventos, em Barreiras/BA.

Com prefácio do ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, o livro foi escrito como parte das iniciativas de comemoração ao Centenário da Imigração Japonesa e resgata a memória do desenvolvimento do cerrado, com a participação dos governos Brasileiro e Japonês no Projeto de Cooperação Nipo-Brasileira para o Desenvolvimento do Cerrado - Prodecer.

A cerimônia de lançamento contará ainda com uma palestra do coordenador do Prodecer, que também foi coordenador do Grupo de Trabalho do Ministério das Relações Exteriores para as atividades do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, Izidoro Yamanaka. Em Barreiras, o lançamento é uma promoção do Grupo Horita, um dos patrocinadores da obra.

Se o cerrado é hoje um dos mais produtivos pólos agrícolas do Brasil e do mundo, nos primórdios da sua colonização, poucos foram os que acreditavam na viabilidade daquelas terras planas e arenosas, inicialmente, nada aptas à agricultura. Os esforços governamentais para a ocupação do cerrado começaram na década de 50, com a mudança da capital federal do Rio de Janeiro para Brasília, que demandou o cultivo de lavouras para abastecer, principalmente de hortaliças, a nova cidade. Desde então, foram implantados alguns programas governamentais para a ocupação da área, dentre os quais, o Prodecer teve maior sucesso.

O livro O cerrado e o seu brilho começa com um breve relato da participação da comunidade nipo-brasileira e as dificuldades encontradas nas primeiras e infrutíferas tentativas de ocupação. O capítulo seguinte mostra a visão de dois repórteres, na década de 80, que refletiam sobre a preocupação com a “invasão japonesa” no cerrado. O capítulo “O Início do Brilho” relata as primeiras ocupações bem-sucedidas, predominantemente, no Triângulo Mineiro, nas cidades de Patrocínio, Coromandel, São Gotardo e Iraí de Minas. A seguir, detalha o projeto Prodecer, com o consequente desenvolvimento do cerrado, relatado nos capítulos sobre as Atualidades, Reflexo no agronegócio e Reflexo na infra-estrutura do país. Finalmente, Raízes do futuro, no qual a questão ambiental ganha foco, assim como o desafio de resolver o problema da fome no mundo.

O livro foi escrito por sete autores, dentre os quais, Celso Mizumoto, que, junto com Yoshisuke Ogura e Julio Cesar Sesma da Cruz, foi o organizador da obra. Para Mizumoto, lançar O cerrado e o seu brilho na Bahia tem um significado especial. “O Prodecer foi fundamental para o Oeste da Bahia. Cidades que economicamente nem existiam, como Luís Eduardo Magalhães, ou tinham pouca relevância nacional, como Barreiras, hoje são grandes produtores e provam a viabilidade do cerrado”, afirmou.

Celso Norimitsu Mizumoto – Graduado em Engenharia Agronômica – ESALQ- USP -1974 e em Ciências Contábeis – UNIMAR - Marilia – SP – 1974.

Pós graduado em Economia – GEAG/FGV, Mestre em comunicação – PROLAM/USP – 1995. No agronegócio, atua como empresário no setor de avicultura de postura.

Outros autores:

- Alcione Souza Júnior

- Bernardo Palhares Campolina Diniz

- Bernardo Pelegrini

- Júlio Cesar Augusto Sesma da Cruz

- Paulo José San Martin

- Yoshisuke Ogura

Editora: Caramuru

429 páginas

Distribuição gratuita no lançamento

Catarina Guedes

Assessora de Comunicação - Imprensa Horita

(71) 3379-1777