Líderes agroempresariais da Colômbia, Chile, Equador, México e Peru se reuniram em encontro pelo IICA

Além de debater oportunidades, apoiaram a criação de fórum sub-regional de ministros de agricultura

07.06.2019 | 20:59 (UTC -3)
IICA

Líderes empresariais da Colômbia, Chile, Equador, México e Peru se reuniram em Bogotá, convocados pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), para promover o aproveitamento conjunto de oportunidades comerciais e trocar informações relevantes para sua atividade produtiva, em um encontro no qual apoiaram a criação de um fórum de ministros de agricultura da região do Pacífico, mecanismo que apresenta possibilidades de se converter em um importante dinamizador do comércio.

No encontro, proposto como um diálogo fomentado pelo IICA do mundo sindical regional, os líderes empresariais agrícolas e agroalimentares destacaram a importância de uma interação permanente com o setor público para garantir um melhor acesso aos mercados internacionais para sua produção, reforçando a necessidade de, na atual conjuntura global, complementar ofertas comerciais e diversificar mercados de exportação.

“Trata-se de uma grande oportunidade para fortalecer laços, conhecermo-nos, aprender sobre o que estão fazendo os demais, conhecer seus problemas, compartilhar oportunidades e benefícios e construir confiança. O IICA tem o papel de facilitador desses encontros, conectando as pontas para fortalecer esses laços e pensar temas estratégicos. Para a Colômbia, a região do Pacífico sempre teve relevância, desafios e coisas positivas. Há sensibilidades que será tarefa dos governos administrar”, disse o Presidente da Sociedade de Agricultores da Colômbia (SAC), Jorge Bedoya.

Na reunião, o assessor do Ministério da Agricultura do Chile, Gustavo Rojas, expôs sobre a proposta de criação do Fórum de Ministros da Agricultura da Bacia do Pacífico, destacando as oportunidades para o setor privado abertas por outros mecanismos regionais cuja secretaria técnica é exercida pelo IICA, como o Conselho Agropecuário do Sul (CAS) ou o Conselho Agropecuário Centro-Americano (CAC).

O Secretário-Geral da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) do Chile, Juan Pablo Matte, elogiou a iniciativa do IICA que permite, explicou, “nexos concretos com nossos pares da Parceria do Pacífico” na América Latina para “buscar complementaridade de ofertas entre nossos países”.

Matte acrescentou que o proposto fórum regional de ministros “é importante para o setor privado, pois é ele que conhece as oportunidades e as ameaças, mas são os países os que devem ser capazes de gerar acordos. Os ministros estão de passagem, nós, do setor privado, somos permanentes, e é muito relevante somar a isso os ministros, para que se comprometam cabalmente com nossas necessidades”.

O Diretor Geral do IICA, Manuel Otero, fez uma apresentação sobre a importância que o IICA atribui, no âmbito de um processo de transformação interno, às parcerias estratégicas com o setor privado.

“Foram discutidos os passos que conduzem à criação de um fórum de ministros da Bacia do Pacífico, tendo-se registrado um ânimo muito forte de apoiar esse fórum, inclusive começando pelo setor privado, de modo de avançar, em bloco, sobre temas como sanidade, boas práticas e, fundamentalmente, acesso a mercados”, disse Otero.

Bosco De la Vega, presidente de Conselho Nacional Agropecuário do México, também destacou “o papel do IICA como ponte entre governos e o setor privado”, e enfatizou que “encontros como o realizado em Bogotá fortalecem aos tomadores de decisões”. No caso concreto do México, acrescentou o líder empresarial, resulta indispensável diversificar mercados de exportação, atualmente concentrados nos Estados Unidos, pelo que é muito necessário fortalecer laços com o restante da América Latina e explorar a região Ásia-Pacífico.

Também participou da reunião o gerente da Chilealimentos, Moisés Leiva, organização sindical empresarial que engloba 75 indústrias. “Precisamos estar à altura, temos que ir rápido, com o foco colocado nos consumidores, que necessitam de alimentos saudáveis, saborosos e inócuos, e, em torno disso, há uma agroindústria que requer um quadro normativo que permita obter benefícios com boas práticas, sustentáveis. Esses fóruns são necessários e nos fortalecerão”, assegurou. 

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