Leilão de energia da Aneel pode incentivar retomada do setor sucroenergético brasileiro

A edição 2013 da Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergético – FENASUCRO, deve entrar para a história da indústria de cana-de-açúcar. Enquanto aproximadamente 35 mil visitantes estão em Sertãozinho realizando novos negócios e movimentando a indústria, além da aprovação da MP 613 que segue para o Senado, a Aneel inicia hoje mais um leilão para a contratação de energia de fontes hidrelétricas e termelétricas que deverão ser entregues a partir de 2018.

O preço-teto dos produtos, exceto a Usina Hidrelétrica (UHE) Sinop, é de R$ 140,00/MWh e no caso das termelétricas, a disponibilidade de energia tem um prazo de 25 anos. Os projetos que oferecerem melhor custo-benefício em relação ao valor limite provavelmente serão beneficiados no leilão. De acordo com André Salgado, presidente da Areva, expositora da FENASUCRO, “se o leilão for positivo, vários projetos de cogeração saem do papel, podendo representar um aceno para a volta de investimentos por parte das usinas”.

A empresa Caldema, expositora da feira desde a primeira edição, também acredita que o leilão de energia da Aneel é um passo importante para a retomada do setor. Isso porque as políticas de preços e impostos, as altas exigências de garantias para financiamentos de máquinas e equipamentos praticadas pelo governo em relação à produção/comercialização do álcool, açúcar e cogeração de energia através da biomassa, não têm sido tão favoráveis para indústria da cana.