Santander e Esalq/USP revelam vencedores do Prêmio Novo Agro
Os oito ganhadores são dos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso e farão ou um curso de férias na Wageningen University & Research (WUR), na Holanda
Com o fim da colheita do algodão na Bahia, as atenções se voltam para os testes que comprovam a qualidade da fibra. Com o incremento de 15% da produção, o estado já garantiu um novo recorde, de amostras analisadas em uma só safra. Mantido pelos próprios cotonicultores, por meio da Associação Baiana de Produtores de Algodão (Abapa), o Centro de Análise de Fibras superou a marca do ano passado quando realizou 1,8 milhão de amostras analisadas pelos equipamentos de High Volume Instrument (HVI) e 202.250 mil de classificação visual, ultrapassando os 2 milhões de amostras classificadas na safra passada. A previsão é que os trabalhos dentro da unidade sejam concluídos até o final do ano.
Para o gerente do Centro de Análise de Fibras da Abapa, Sérgio Brentano, o ritmo de trabalho tem sido intenso desde o mês de julho. “Para atender toda a demanda dos produtores da região, nossa equipe composta por 106 profissionais tem se revezado durante os três turnos, durante 24 horas por dia, de forma ininterrupta para garantir que os produtores tenham em mãos os resultados das análises para comprovar a qualidade da fibra”. Por conta do fluxo de amostras que chegam, o laboratório também bateu um recorde de análises em um só dia, quando em 22 de setembro, foram atestadas a qualidade de 31.199 mil amostras da fibra produzida nas lavouras do Oeste da Bahia.
Segundo maior produtor de algodão do Brasil, o estado deve colher nesta safra um total de 615 toneladas de pluma de algodão. Graças aos equipamentos HVI, são analisadas características intrínsecas do avaliação do setor têxtil como alongamento, resistência, uniformidade, reflectância, amarelamento, maturidade, grau da folha e índice de fiabilidade. Desde de 2013, a Abapa vem modernizando o laboratório. Em 2018, foi implantado o sistema Chiller que permite maior qualidade na refrigeração do ambiente, adequando a umidade necessária para melhorar os resultados das amostras.
A entidade também investiu em cinco novas máquinas de HVI, com valor total em torno de R$ 8 milhões, e que entrou em operação nesta safra, para atender a demanda. “Estes equipamentos foram recentemente avaliados pelo CSITC, que realiza testes em aparelhos HVI em todo o mundo, como bem ajustados e com excelente capacidade de gerar resultados confiáveis, ocupando excelentes posições em um ranking mundial”, afirma Brentano.
O presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato, explica que esta classificação é fundamental para demonstrar a qualidade do algodão do Oeste da Bahia levando o diferencial da fibra para o mercado consumidor. “Em todas as reuniões com representantes de indústrias têxteis, como aconteceu em uma missão realizada na Ásia, nosso principal mercado, demonstrar a qualidade e garantir que o que foi comprado é o que vai chegar até eles, é fundamental”, afirma.
O laboratório da Abapa integra o programa Standard Brasil HVI (SBRHVI), que padronizou a classificação de pluma no país, conferindo muito mais segurança e credibilidade para o algodão brasileiro. O laboratório da Abapa está com 98% de conformidade do total de análises. “É um alto nível que garante a segurança e a confiabilidade dos nossos dados para os mercados nacional e internacional”, reforça Busato. Atualmente, cerca de 40% do algodão baiano é exportado para países asiáticos, como China, Indonésia, Bangladesh e Vietnã e 60% são comercializados junto às indústrias têxteis no Brasil.
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