Clima na Argentina preocupa triticultor brasileiro
A possível menor produtividade na Argentina, devido ao clima, tem preocupado agentes brasileiros, segundo informações do Cepea
A Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) mantém o otimismo para a conquista de maior espaço no mercado mundial em 2019. De janeiro a setembro, o país exportou o equivalente 2.996.829 sacas de 60 kg, registrando um crescimento de 9,95% na comparação com o volume embarcado no mesmo período do ano passado e de 17,51% em relação às remessas nos nove primeiros meses de 2017.
"Esse crescimento constante reflete os esforços das indústrias de café solúvel no sentido de ampliar o leque de clientes no exterior, dentro do projeto que criou a nova identidade 'Brazilian Instant Coffee', que a Abics desenvolve em parceria com a Apex-Brasil. A se manter esse desempenho, reforça o acerto dos investimentos anunciados pelo setor na ampliação do parque fabril, com as indústrias aumentando sua capacidade e gerando mais empregos com a criação de novas instalações no país", explica Aguinaldo Lima, diretor de Relações Institucionais da Associação.
Segundo ele, com os resultados até aqui alcançados, o Brasil poderá bater seu recorde histórico de volume exportado. "Provavelmente deveremos aumentar em 500 mil sacas os embarques de café solúvel na comparação com 2018, chegando a um volume equivalente a 4 milhões de sacas remetidas ao exterior neste ano", projeta o diretor da Abics.
A receita com as exportações do setor vem registrando recuperação ao longo do ano, mas ainda apresenta leve recuo de 2% na comparação com 2018. De janeiro a setembro, os embarques renderam US$ 440,5 milhões ao Brasil. "Trata-se de um cenário compreensível, haja vista a redução no preço do café no mercado internacional, que é absorvida pela indústria na comercialização de seu produto. Precisamos salientar, contudo, que a ampliação das remessas poderá equivaler a receita atual com a do ano passado", pondera.
De janeiro a setembro de 2019, o café solúvel nacional foi exportado a 104 destinos, sendo registrado significativo crescimento para países asiáticos. "Esse é um episódio surpreendente,pois é o continente onde estão localizados os maiores concorrentes do solúvel brasileiro", analisa Lima.
O diretor destaca a Indonésia no ranking, que se situou como o terceiro maior destino das exportações, atrás apenas de Estados Unidos e Rússia e acima de Japão e Argentina. "Entre as surpresas asiáticas ainda surge Myanmar, que veio na sexta posição", cita. Lima completa que, além da Ásia, também merece notoriedade o México, "que pulou para o 17º lugar nos principais destinos, ao tempo que, em anos anteriores recentes, sequer figurava entre os 80 maiores compradores do solúvel nacional".
O café solúvel spray dried, feito com secagem por aspersão, correspondeu a 75% do volume exportado, registrando crescimento de 18% na comparação com o intervalo de janeiro a setembro de 2018; o tipo freeze dried, seco a frio, representou 19%, com crescimento de 1%; e extratos, concentrados e preparados corresponderam aos 6% restantes do volume embarcado nos nove primeiros meses deste ano.
Confira o desempenho das exportações de café solúvel e dos demais segmentos da cadeia no site da Abics.
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