Laboratório de Controle Biológico do Fundecitrus bate recorde na produção mensal de Tamarixia radiata com 10 mil vespinhas em outubro

A soltura de Tamarixia radiata tem demonstrado ser uma alternativa eficiente para o controle do psilídeo

30.11.2017 | 21:59 (UTC -3)
Fundecitrus

O Laboratório de Controle Biológico do Fundecitrus bateu recorde na produção mensal de Tamarixia radiata, inimigo natural do psilídeo, inseto transmissor do greening (huanglongbing/HLB): no mês de outubro, foram criadas 110 mil vespinhas para serem liberadas em áreas com laranjeiras, limoeiros, pés de tangerina e murtas que não têm o controle da doença, como pomares abandonados, espaços urbanos, chácaras e sítios.

Apesar do manejo do greening realizado pelos citricultores em suas propriedades, áreas adjacentes com plantas de citros e murtas sem o controle recomendado do psilídeo comprometem a ação dos produtores na luta contra o avanço da doença em seus pomares e prejudicam toda a cadeia citrícola.

A soltura de Tamarixia radiata tem demonstrado ser uma alternativa eficiente para o controle do psilídeo nesses locais. As liberações são determinadas pelo sistema de Alerta Fitossanitário do Fundecitrus, que monitora a população do psilídeo no parque citrícola de São Paulo e Minas Gerais e indica os pontos críticos de incidência do inseto.

O processo de criação da Tamarixia radiata foi desenvolvido pela equipe do professor José Roberto Postali Parra, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP), com o apoio do Fundecitrus. Em 2015, a instituição inaugurou seu próprio laboratório, onde funciona a biofábrica de criação das vespinhas, mantido pela Bayer CropScience como parte da parceria Citrus Unidos.

Tamarixia radiata utiliza as ninfas de psilídeo para se reproduzir, matando-as no processo. Cada vespa pode eliminar até 500 ninfas. A liberação no meio ambiente não causa desequilíbrio ecológico, uma vez que a vespinha não atinge outras espécies de insetos ou plantas.

“O objetivo do Fundecitrus é contribuir com o manejo sustentável do greening, proporcionando um meio natural de reduzir a população de psilídeo e, consequentemente, diminuir a necessidade de pulverizações nos pomares”, afirma a bióloga Ana Carolina Pires Veiga, responsável pela biofábrica.

Em novembro de 2017, o Fundecitrus atingiu a marca de 1,8 milhão de vespinhas produzidas no laboratório. Além de criá-las e liberá-las, o Fundecitrus oferece todo o suporte aos citricultores interessados em produzir a Tamarixia radiata em suas propriedades, com consultoria para a implementação da biofábrica e treinamento dos funcionários.

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