Melancia recém-lançada pela linha Topseed Premium já está em todas as regiões produtoras do Brasil
A variedade se destacou, principalmente, em São Paulo, Goiás e Tocantins
A Embrapa Gado de Corte (Campo Grande-MS) e a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) assinaram um acordo de cooperação técnica que pretende ampliar a interação das duas instituições em Mato Grosso do Sul, por meio de ações de assistência técnica e extensão rural, fortalecendo a transferência de tecnologias. Para isso, a parceria possibilitará a capacitação mútua de técnicos, implementação de Unidades de Referência Tecnológica (URTs), dias de campo e outras ações.
O contrato veio após a conclusão de um acordo da Agraer junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que prevê o atendimento a produtores de médio porte de pecuária de corte e leiteira. “O foco é trabalhar na recuperação de pastagens degradadas e por isso solicitamos o apoio da Embrapa para trabalharmos juntos no treinamento de técnicos e instalação de URTs”, afirma Araquem Ibrahim Midon, gerente de desenvolvimento rural da Agraer. Para a Embrapa, “ao acompanhar a implementação das ações conheceremos as tecnologias adotadas e, a partir disso, é possível prospectar e analisar também os impactos das nossas tecnologias” assegura o agrônomo, responsável pelo contrato com a Agraer, Marcelo Castro Pereira.
O objetivo da Agência é atender ao redor de 200 produtores das regiões Norte, Leste e Centro do Estado em três anos. Na iniciativa estão previstas a instalação de 12 URTs, visitas bimestrais às propriedades participantes e seminários regionais. Gestora de desenvolvimento rural da empresa estadual, Rose Lander Borges ressalta que um dos principais entraves da produção em MS são as restrições alimentares e isso, muitas vezes, é reflexo da situação de degradação das pastagens. “Manejá-las adequadamente e recuperá-las certamente fornecerá melhor alimento e equilíbrio ambiental”.
Estima-se que Mato Grosso do Sul possua de sete a nove milhões de hectares de áreas degradadas, colocando a degradação como um dos maiores problemas do setor agropecuário brasileiro.
Capacitação - O primeiro passo já foi dado a partir do nivelamento e atualização de 21 profissionais da Agraer em técnicas de manejo, reforma e recuperação de pastagens, ocorrido na capital sul-mato-grossense, esta semana, na sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O curso abordou métodos em difusão de tecnologia, gestão da propriedade, manejo de doenças e pragas, consórcios e sistemas integrados, qualidade de sementes forrageiras, utilização de máquinas e implementos e outros assuntos.
“A formação desses multiplicadores é um dos maiores ganhos da proposta”, identifica Ademir Zimmer, pesquisador da Embrapa que há 40 anos atua em manejo de pastagem e conhece a realidade dos pastos brasileiros. Zimmer foi um dos palestrantes do treinamento, teórico-prático, ao lado de outros especialistas da Embrapa e Agraer, como Manuel Macedo e Sandro Cardoso.
A agrônoma Márcia Gomes dos Santos é um desses multiplicadores. Atuando na região de Chapadão do Sul, a técnica com duas décadas de experiência em extensão rural já realizou o diagnóstico das propriedades que dará assistência, inclusive com amostras de solo e perfil do proprietário. Ela acredita em uma mudança de comportamento no produtor rural a partir do exemplo. “Se ele perceber que a recuperação do pasto do vizinho dá certo, ele vai aderir às tecnologias. Aos poucos, entenderá que somente continuará no mercado quem adotar técnicas, cada vez mais, sustentáveis”.
Os gestores Araquem Midon, Marcelo Castro e Rose Borges, assim como, a extensionista Márcia Santos e o pesquisador Ademir Zimmer reconhecem o desafio que é tratar o assunto com um público distinto - produtor de médio porte - do comumente assistido pela Agraer. Entretanto, acreditam que com abordagem e metodologias adequadas barreiras se romperão. Além do nivelamento em pastagens, há um em gestão rural e outro em crédito. Após isso é 'mãos à obra'.
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