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Um encontro sobre citricultura vai discutir, na próxima quarta-feira (28/10), em Perdões (Sul de Minas), a incidência e o controle do Greening, mais destrutiva doença dos citros no Brasil. O evento realizado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais- EPAMIG, em parceria com a Embrapa e Prefeitura Municipal, atende a uma solicitação dos citricultores da região.
Durante o Encontro, a pesquisadora da EPAMIG Sul Ester Alice Ferreira falará sobre a situação do Greening em Minas Gerais. De acordo com Ester, há registros recentes de queda na produção e na produtividade de citros na região em função da infecção pelo Grenning. “Há casos de frutos que não se desenvolveram e não atingiram o valor comercial e também de citricultores do Sul de Minas que erradicaram todo o pomar que se tornou improdutivo após ser contaminado pela doença”, explica.
A pesquisadora destaca também três recomendações básicas para a prevenção do Grenning: uso de mudas sadias em novos plantios; monitoramento do pomar para identificação de plantas sintomáticas que deverão ser erradicadas; e controle do inseto vetor da doença (psilídeo). Recomendações para o manejo do psilídeo serão abordadas na palestra do representante do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) Bruno Daniel.
Foto: Eduardo Augusto Girardi
O Encontro será realizado, às 19 horas, no Auditório da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Perdões. As inscrições são gratuitas. Mais informações (35) 3864-7271 e (35) 3829-1190.
Identificação do Grenning
A doença conhecida como ‘Huanglongbing’, ‘HLB’, ‘Greening’ e ‘Amarelão’ ataca plantas cítricas e pode ocorrer em qualquer fase do desenvolvimento. Laranjeiras e tangerineiras estão entre as espécies mais afetadas, enquanto limeira ácida Tahiti e o trifoliata apresentam tolerância um pouco maior, mas todas as espécies cítricas são susceptíveis a esta doença.
A primeira ocorrência da doença no Brasil foi em 2004 no estado de São Paulo e espalhou-se para os estados do Paraná e Minas Gerais. A transmissão se dá por um inseto psilídeo chamado Diaphorina citri, que é o único vetor da doença conhecido no Brasil e já presente em vários Estados. O psilídeo adquire a bactéria ao se alimentar de uma planta infectada e, enquanto viver, sempre será capaz de transmitir a doença a outras plantas.
O primeiro sintoma do Grenning numa planta cítrica é o aparecimento de um ramo amarelo que se destaca dos demais ainda verdes. À medida que a doença evolui, outros ramos amarelos vão surgindo até que todas as folhas da copa da planta tornem-se amarelas. Numa fase seguinte as folhas caem, o que causa seca e morte dos ponteiros.
No fruto, o principal sintoma é a redução acentuada do tamanho. Sintomas externos também podem ser observados durante o amadurecimento dos frutos, como coloração verde irregular e inversão de cor durante a maturação (em um fruto sadio, a maturação se dá da parte basal para o centro; já em um fruto de uma planta contaminada, inicia-se do pedúnculo para o centro). Outro sintoma é a assimetria. Os lados de um mesmo fruto têm tamanhos diferentes. Os frutos perdem valor comercial por sua deformação e, por acumularem menos açúcares, estarão inadequados para processamento de suco.
Mais informações sobre transmissão, infestação, sintomas e controle da doença podem ser consultadas na Circular Técnica, nº 189, Huanglongbing (HLB, ex-Greening) ou Amarelão dos citros: identificação e manejo, disponível para download no site da EPAMIG: http://goo.gl/9q67Zh.
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