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A GranBio fez uma aposta interessante ao comprar 25% da American Process Inc. (API), pois a empresa americana, além de inovadora e realista, desenvolve tecnologias baseadas em conceitos e processos conhecidos que estão sendo testados nos Estados Unidos para confirmar sua eficiência, confiabilidade e viabilidade econômica. A explicação é do consultor de Emissões e Tecnologia da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Alfred Szwarc.
Com essa aquisição, anunciada em abril de 2013, a GranBio terá acesso a uma plataforma proprietária de pré-tratamento de biomassa, o que tornará possível reduzir custos e desenvolver açúcar de celulose como matéria-prima para a conversão de uma grande variedade de produtos bioquímicos e biocombustíveis.
“A API amplia o portfolio de tecnologias à disposição da GranBio e pode contribuir para o aumento da produtividade industrial e popularizar as tecnologias de segunda geração para os produtos da cana-de-açúcar no Brasil,” afirma o consultor da UNICA.
De acordo com o presidente da GranBio, Bernardo Gradin, o investimento na API marca a entrada da empresa no mercado americano de energia limpa. “Esse é um movimento estratégico de nossa parte, visto que a solução de pré-tratamento desenvolvido pela API permite a produção de açúcar de celulose de baixo custo, que também atende às rigorosas especificações exigidas para a fabricação de bioquímicos,” explica.
Gradin, um dos palestrantes confirmados para o Ethanol Summit 2013 em junho próximo, enfatiza que com essa plataforma as atividades da GranBio, focada no desenvolvimento de tecnologias proprietárias e alianças estratégicas para serem escaladas industrialmente no Brasil, poderão ser expandidas para outros produtos, além do etanol celulósico.
A diretora-presidente da API, Theodora Retsina, disse que a associação com a GranBio torna possível o crescimento do plano de negócios da empresa de forma mais agressiva. Ela acredita que a produção de açúcar de baixo custo é chave para desvendar o potencial da biomassa como matéria-prima versátil para combustíveis, químicos e outros produtos.
“Temos parcerias com empresas para completar a nossa cadeia de fornecimento na conversão de açúcar em produtos de alto valor agregado. Estamos muito animados e otimistas com as perspectivas de construir a primeira usina em escala comercial com a tecnologia da API no Brasil, seguida por outra nos Estados Unidos,” conclui.
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