Investidor ativista aumenta pressão por cisão da Bayer

Bluebell Capital Partners pede a divisão da empresa e mudança no conselho de supervisão para solucionar problemas financeiros

20.04.2023 | 13:54 (UTC -3)
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O investidor ativista Bluebell Capital Partners está pressionando pela divisão da Bayer e mudança no conselho de supervisão, aumentando a pressão sobre o novo CEO da empresa a uma semana da reunião anual de acionistas do conglomerado. A informação foi publicada há pouco pelo jornal Finantial Times.

Em apresentação enviada à Bayer, a Bluebell argumenta que a empresa precisa ir além da nomeação de Bill Anderson, ex-diretor executivo de negócios farmacêuticos da Roche, como novo CEO em junho. O investidor argumenta que a Bayer deve se comprometer a garantir que os quatro membros do conselho de supervisão cujo mandato expira no próximo ano não buscarão a reeleição, o que enviaria um sinal forte de descontinuidade para a empresa com desempenho abaixo do esperado.

A Bluebell argumenta que a empresa deveria ser cindida em suas divisões: ciência agrícola e farmacêutica. O motivo seria ausência de sinergias entre as duas. A intervenção do investidor chega em um momento crítico para a Bayer, já que o CEO Werner Baumann deixará a empresa no próximo mês. As ações da Bayer subiram mais de 20% este ano, mas ainda estão sendo negociadas um terço abaixo do que eram há cinco anos.

A Bluebell argumenta que a separação das duas divisões pode gerar cerca de € 15 bilhões a € 30 bilhões, o que deve ser usado para pagar dívidas e reinvestir em produtos farmacêuticos. O investidor também sugeriu que a Bayer explore a monetização de sua divisão de saúde do consumidor, que vende medicamentos sem prescrição. A Bluebell disse que outras partes interessadas a procuraram com preocupações semelhantes.

A Bayer disse estar ciente da carta e apresentação da Bluebell e estar "sempre aberta a um diálogo construtivo". A empresa afirmou que Anderson está se familiarizando com a empresa e que, junto com a equipe, discutirá as prioridades para o futuro.

O CEO eleito Anderson reconheceu este mês que o grupo enfrenta "desafios únicos" e que considerará todas as opções, incluindo a potencial divisão da empresa para resolver os problemas da Bayer. No entanto, ele ressaltou que a separação não é uma conclusão definitiva.

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