Instituto Agronômico de Campinas tem novo diretor-geral

01.04.2011 | 20:59 (UTC -3)

O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) tem novo diretor-geral. O pesquisador científico Hamilton Humberto Ramos assumiu o cargo no último dia 25 de março, quando foi publicada a nomeação no Diário Oficial. Ele substitui Marco António Teixeira Zullo, que dirigiu o Instituto de 17 de outubro de 2008 até 24 de março deste ano. Zullo, que também é pesquisador científico do IAC, retorna às atividades de pesquisa.

 

No IAC há 17 anos, Ramos se dedica às tecnologias de aplicação de agrotóxicos, envolvendo aspectos de segurança e saúde nessa atividade. Agrônomo, ele é uma referência no Brasil sobre o correto uso das tecnologias e os consequentes reflexos na redução de impactos no ambiente, na saúde do trabalhador rural e nos custos de produção agrícola. Com intensa experiência no contato direto com agricultores, a quem transfere ensinamentos sobre a utilização adequada de pulverizadores, e na geração de conhecimento para a produção de equipamentos de proteção individual (EPI), agora ele passará a atuar na gestão do IAC, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. “É grande a responsabilidade de tomar a frente de uma instituição de quase 124 anos de pesquisa. Felizmente, o IAC conta com ótima equipe de pesquisadores”, diz.

 

Esse perfil deverá influenciar as ações administrativas no sentido de aproximar ainda mais as tecnologias IAC dos setores de produção do agronegócio e das instituições de formação de profissionais do setor, incluindo faculdades, universidades e escolas técnicas. Ramos também tem intensa participação no universo acadêmico, com orientação de trabalhos de conclusão de curso de graduação e de mestrado e doutorado.

 

Aos 47 anos, além da vivência na área científica, Ramos tem ainda experiência administrativa por estar desde 2007 à frente da diretoria do Centro de Engenharia e Automação do IAC, em Jundiaí. Lá, implantou critérios para avaliar os resultados de pesquisadores e o desempenho de servidores de apoio. Com vistas ao bem-estar dos profissionais que residem dentro da fazenda onde funciona o Centro, implantou programações esportivas realizadas nos finais de semana. O resultado é observado em aumento de produção científica, de organizações de eventos com transferência de tecnologia e premiações a servidores que se destacam no desempenho de suas funções.

 

Ramos graduou-se em agronomia, em 1984, pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), onde também fez o mestrado, concluído em 1995, e o doutorado, finalizado em 2000. Responsável pelo programa Aplique Bem, que leva informações sobre a forma correta de utilizar pulverizadores a propriedades rurais não só no Estado de São Paulo, mas em outras regiões brasileiras, Ramos tem contribuído para promover a melhoria da saúde do trabalhador rural e a segurança alimentar do consumidor final, com redução de impactos ambientais e de gastos para o agricultor.

 

O Programa Aplique Bem, desenvolvido desde 2007 em parceria com a empresa Arysta LifeScience, conquistou quatro premiações em três anos de atividades. O mais recente, recebido em novembro do ano passado, é o Prêmio Produz 2010, categoria Melhor Integração fornecedor-produtor, promovido pela revista Produz, com apoio da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (FAESP). O Programa foi reconhecido também com o Prêmio Mário Covas em 2010, como trabalho de excelência e inovação em gestão pública, uma iniciativa do Governo Paulista. Em 2008, conquistou o XI Prêmio Mérito Fitossanitário, organizado pela Associação Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF), com o primeiro lugar na modalidade Projeto de Educação e Treinamento. No cenário internacional, em 2009, o Aplique Bem foi finalista do Prêmio Agrow Award, como melhor programa de Stewardship, concedido pela revista britânica Agrow e é um dos mais relevantes do agronegócio mundial.

 

Como pesquisador, responde também pelo Programa IAC de Qualidade em Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura (Quepia). As pesquisas com equipamentos de proteção individual serviram como base para a legislação que envolve qualidade e vestimentas de proteção para uso agrícola. Criado em 2006, o Quepia é o primeiro programa de certificação voluntária de qualidade dentro da área de segurança na agricultura. Além disso, o trabalho do Laboratório de Qualidade de Vestimentas de Proteção para Riscos Químicos com Agrotóxicos, do Centro de Engenharia e Automação do IAC, é reconhecido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e está apto à atividade de certificação dessas vestimentas.

 

Ramos tem cerca de 30 participações em livros, capítulos e artigos. Reúne outros 52 trabalhos publicados em anais de congressos e 64 outras publicações. De 2008 até o momento, somou 42 produções bibliográficas e 38 de caráter técnico. Em orientações de trabalhos de conclusão de curso, dissertações de mestrado e teses de doutorado, soma 41 atuações. Em eventos, são cerca de 200 participações, sendo uma parte delas também como organizador.

 

Carla Gomes

Assessora de Imprensa - IAC

(19) 2137-0613

midiaiac@iac.sp.gov.br

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