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O Brasil tem capacidade para produção de carne bovina para todos os nichos, sob diversos sistemas de produção, como a criação extensiva, de confinamento e orgânica. É o que defende o professor pós-doutor da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), Dante Pazzanese Lanna. O professor abordará o tema “A nutrição animal e a qualidade da carne brasileira” em palestra no Congresso Internacional da Carne 2011, que será realizado do dia 7 a 9 de junho, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
Um dos argumentos utilizados por Dante Pazzanese Lanna é que cada sistema de produção de carne tem seus pontos fortes e desvantagens, e que, por esse motivo, a imposição do medo nos consumidores como ferramenta de marketing para exaltar um ou outro sistema de produção de carne é preocupante. “O ideal é que não haja competição desleal entre os sistemas de produção, e que o consumidor tenha a liberdade de escolher a carne que vai comer”, enfatiza.
Mas para desenvolver a criação de gado em qualquer um dos sistemas, é preciso estar atento aos estudos na área. Pesquisadores do Instituto Nacional de tecnologia Agropecuária (INTA), da Argentina, indicaram que a mudança do sabor da carne bovina para um gosto parecido com a de porco está relacionada às transformações no sistema de engorda.
Questionado sobre o assunto, Dante Pazzanese Lanna, especialista em nutrição animal, explica que o rebanho confinado cresceu em ritmo acelerado na Argentina, alimentando-se de grandes quantidades de sementes oleaginosas. Sobre isso, a Esalq/USP desenvolve pesquisas para orientar os criadores de gado bovino com relação às quantidades ideais desses alimentos na dieta, para que o sabor não seja influenciado.
Congresso Internacional da Carne
Com o tema “Carne de qualidade para todos os povos”, o Congresso Internacional da Carne 2011 tratará de temas como a carne vermelha na saúde humana, o comércio justo na cadeia da carne, produção sustentável, rastreabilidade, sanidade animal e mercados internacionais e nacionais. O evento acontece no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo e é
promovido pela International Meat Secretariat (IMS/OPIC) e realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul).
A cidade de Campo Grande foi a escolhida para sediar o evento devido a sua localização geográfica privilegiada, além de ser a capital do Estado com o terceiro maior rebanho do País, formado por 20 milhões de cabeças. Mato Grosso do Sul também virou referência em pecuária, por meio de ações como o programa Boas Práticas Agropecuárias (BPA), desenvolvido pela Embrapa Gado de Corte, que resultam em um bife mais saboroso, suculento e nutritivo.
Fonte: Sato Comunicação (Mato Grosso do Sul)
(67) 3042-0112
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