Nutrien lança cartilha de conformidade ambiental no 12o Congresso ANDAV
Material orienta produtor rural brasileiro sobre como estar em conformidade com a legislação socioambiental
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou seu prognóstico agroclimático para agosto, setembro e outubro de 2023. Os dados consideram que as condições de El Niño permanecerão durante o final deste inverno, com chances de se prolongar até a primavera (probabilidade superior a 90%). Espera-se que o fenômeno varie sua intensidade de moderada a forte. (Análise sobre El Niño e pragas pode ser vista no vídeo com a agrônoma Suellen Drumond.)
A previsão climática produzida com o método objetivo (multimodelo – cooperação entre Inpe, Inmet e Funceme) indica predomínio de chuvas abaixo da média climatológica em grande parte da região (Figura 5a), possivelmente associadas aos impactos que o El Niño pode causar. Porém, nos meses de agosto e setembro, as chuvas devem se localizar mais para o noroeste do Amazonas e Roraima.
A temperatura média do ar deverá prevalecer acima da climatologia em praticamente toda a região, principalmente no sudeste do Pará e Tocantins (Figura 5b). Ressalta-se que a falta de chuvas no sul da Amazônia é muito comum entre os meses de agosto e setembro e, aliadas à previsão altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, podem favorecer a incidência de queimadas e incêndios florestais
Já a previsão do balanço hídrico para os próximos meses indica que os maiores níveis de água no solo se manterão sobre o extremo noroeste da região, principalmente em áreas do noroeste do Amazonas e oeste de Roraima, com valores acima de 70% (Figuras 6a, 6b e 6c). Nas demais áreas, há previsão de baixos níveis de armazenamento, chegando a valores menores que 10%, principalmente nos meses de setembro e outubro (Figuras 6a, 6b e 6c).
Assim como a Região Norte, a previsão indica chuvas abaixo da média em toda a Região Nordeste, mas principalmente no oeste da Bahia, sul do Maranhão e do Piauí, em função dos impactos que o fenômeno El Niño pode causar (Figura 5a).
Quanto a temperatura do ar, deve ser acima da média histórica em toda a região (Figura 5b).
A previsão de redução das chuvas nos próximos meses poderá afetar negativamente os níveis de água no solo em todos os meses, chegando a valores inferiores a 10%, impactando as culturas que se encontrarem em estágios fenológicos mais sensíveis, mas poderá favorecer os cultivos que se encontrarem em maturação e colheita (Figuras 6a, 6b e 6c). Já em áreas da costa leste da região, incluindo áreas do SEALBA (área que abrange os estados de Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia), a previsão indica redução da umidade do solo, principalmente nos meses de setembro e outubro, com valores inferiores a 50%, o que também impactará os cultivos de terceira safra que estiverem em estádios fenológicos mais sensíveis ou sob restrição hídrica (Figuras 6a, 6b e 6c).
A previsão do multimodelo indica tendência da precipitação abaixo da média histórica (Figura 5a) com tendência de diminuição da umidade relativa do ar nos próximos meses, muito comum durante o período seco da região. Porém, existe a possibilidade de ocorrência de chuvas a partir do mês de outubro sobre o sul do Mato Grosso do Sul.
As previsões indicam que as temperaturas devem ser acima da climatologia nos próximos meses (Figura 5b), devido à permanência de massas de ar seco e quente, o que aumenta a probabilidade de queimadas durante este período.
Quanto a disponibilidade hídrica no solo, o modelo continua indicando redução do armazenamento hídrico, chegando a valores menores que 10% em todo o trimestre, devido à diminuição das chuvas, que é característico da região. Essa condição poderá afetar as culturas agrícolas de segunda safra e de inverno que estiverem em estádios fenológicos sensíveis ou sob deficiência hídrica, principalmente em áreas de Goiás e Mato Grosso, mas beneficiará as lavouras em maturação e colheita (Figuras 6a, 6b e 6c). No entanto, em áreas do centro-sul de Mato Grosso do Sul, o retorno gradual das chuvas poderá favorecer a manutenção dos níveis de água no solo, principalmente a partir de outubro (Figuras 6a, 6b e 6c).
São previstas chuvas abaixo da média histórica em praticamente toda a região (Figura 5a), exceto no centro e sul de São Paulo, onde a precipitação deverá ser próxima e ligeiramente acima da média.
Assim como na Região Centro-Oeste, a temperatura do ar deve ser acima da média histórica (Figura 5b), e aliada a redução da umidade relativa do ar, aumenta a probabilidade de queimadas nos próximos meses.
A previsão do balanço hídrico para a região indica valores de armazenamento de água no solo inferiores a 10% em praticamente todo o trimestre, principalmente em áreas do centro e norte de Minas Gerais, no Espírito Santo e noroeste de São Paulo, o que favorecerá a maturação e operações de colheita dos cultivos de segunda safra e de inverno (Figuras 6a, 6b e 6c). Já em áreas do sul de São Paulo, além do extremo sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro, as chuvas ocasionadas por passagem de frentes frias, poderão favorecer a manutenção dos níveis de água no solo, principalmente nos meses de setembro e outubro (Figuras 6a, 6b e 6c).
A previsão indica o predomínio de chuvas acima da média climatológica em quase toda a região (Figura 5a), devido a presença de frentes frias mais estacionárias, em consequência dos impactos que o El Niño pode causar. No noroeste do Paraná, a precipitação deverá ser próxima da média climatológica.
A temperatura do ar deverá prevalecer acima da média histórica em toda a região, mas principalmente no norte e oeste do Paraná (Figura 5b). Porém, não se descarta possíveis incursões de massas de ar de origem polar, que poderá provocar declínio de temperaturas e geadas pontuais, principalmente em áreas serranas.
Os volumes de chuva previstos irão favorecer os níveis de água no solo, com valores superiores a 90%, gerando inclusive excedente hídrico, principalmente nos meses de setembro e outubro. Essa condição pode impactar as culturas de segunda safra e de inverno que estiverem em maturação e colheita, mas favorecerá os cultivos em desenvolvimento reprodutivo (Figuras 6a, 6b e 6c).
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