Milho safrinha: manejo de plantas daninhas beneficia culturas subsequentes
Com as condições registrando tempo mais seco no Rio Grande do Sul, os produtores puderam iniciar de maneira mais efetiva a colheita da safra 2009/2010, ceifando cerca de 1% da área total cultivada.
Segundo o Informativo Conjuntural, elaborado pela Emater/RS-Ascar, os primeiros resultados são promissores, com rendimentos próximos aos 3 mil kg/ha, como média, em diversas lavouras. Com a parada das chuvas, diminuiu de maneira considerável a incidência de pragas e moléstias, em especial a incidência de ferrugem asiática. De maneira geral o quadro geral das lavouras é bastante promissor, com expectativas de rendimentos bem acima do esperado inicialmente.
Avança também a colheita do arroz. Impulsionada pelo tempo seco, que faz com que os produtores não tenham dificuldades em executa-la, a cultura chega nesta semana a 15% do total e fica à frente em um ponto percentual em relação á média dos últimos anos. Essa situação não deverá perdurar por muito tempo, devendo ocorrer uma diminuição no ritmo uma vez que, devido às chuvas de novembro de 2009, a maioria das lavouras foi implantada com atraso e no final do período recomendado. Até o momento, os rendimentos obtidos nessas primeiras lavouras têm variado bastante. Na Fronteira Oeste, zona mais adiantada em termos de colheita, oscilam entre 6 mil kg/ha a 7 mil kg/ha. Já na Depressão Central, zona duramente atingida pelos temporais do final de ano, as lavouras apresentam produtividades mais baixas, ficando ao redor dos 6 mil kg/ha e chegando, em alguns casos, a 5,5 mil kg/ha.
Nesta semana o percentual de área colhida do milho chega a 41% do total, com outros 19% já em fase madura e por colher. Nos últimos dias, segundo os técnicos, as condições de tempo mais seco e temperaturas mais elevadas fizeram com que parte das lavouras apresentasse uma aceleração no processo de maturação. Isso poderá intensificar o processo de colheita do cereal.
As condições meteorológicas foram melhores para o desenvolvimento geral dos hortigranjeiros, beneficiando as culturas, permitindo um aprontamento maior em volumes e com produtos de melhor qualidade. Essa situação proporcionou o aumento na oferta de produtos que se encontravam reduzidos no mercado, com a consequente queda nos preços para um número maior de produtos nos mercados e feiras. Mesmo assim, a situação de normalidade ainda é parcial.
Começaram a ser colhidas as primeiras frutas cítricas no Vale do Caí, principal região produtora do Rio Grande do Sul. Trata-se da bergamota variedade Satsuma, a mais precoce das frutas cítricas cultivadas na região. O percentual colhido até o momento é de 5%. O preço recebido pelos citricultores está entre R$ 9,00 e R$ 15,00/cx de 25 kg. Além da bergamota Satsuma encontra-se em colheita a lima ácida variedade Tahiti (limãozinho da caipirinha), que possui floração todo o ano, e consequentemente, colheita todo o ano. Até agora, já foram colhidas 20% das frutas, estando o citricultor recebendo de R$ 15,00 a R$ 20,00/cx. A laranja variedade Céu Precoce deverá entrar em colheita no início do mês de abril.
Em consequência do excelente desenvolvimento das pastagens, tanto em volume, como qualidade na maioria das zonas de importância pecuária do Estado, é claramente visíveis o excelente desempenho do rebanho bovino e seu excepcional ganho de peso. Outro aspecto positivo esta sendo o aumento da freqüência de cio nas fêmeas e em um maior índice de prenhes. Resultado projeta um aumento no numero de terneiros para a próxima primavera.
Fonte: Emater/RS-Ascar - 51-2125-3106 /
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