Índice de Poder de Compra de Fertilizantes sobe 4,6% em julho

Variação foi impulsionada por um cenário global instável, marcado pela queda nos preços das commodities

07.08.2025 | 14:36 (UTC -3)
Eliane Dalpizol

O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de julho fechou em 1,32, registrando uma alta de 4,6% em relação ao mês anterior. Essa variação foi impulsionada por um cenário global instável, marcado pela queda nos preços das commodities e pelo aumento nos preços dos fertilizantes. O principal fator da alta foi a elevada demanda global combinada à baixa oferta mundial.

Entre as commodities, houve uma redução média de 2% nos preços, puxada pelas quedas no milho (-5%), algodão (-3%) e cana (-3%). A soja teve leve alta de 0,5%. Essa movimentação está relacionada ao bom desempenho das safras nos EUA e à colheita da segunda safra no Brasil, além das incertezas geradas pelas taxações impostas pelo governo norte-americano ao Brasil.

Os fertilizantes registraram uma alta média de 2,6%, com destaque para a ureia, com aumento de 8% e o fosfato monoamônico (MAP), que subiu 3%. Essa elevação foi impulsionada pela proximidade da janela de plantio da soja, pela forte demanda global e pela reduzida oferta desses insumos. No caso da ureia, o aumento nos preços foi diretamente influenciado pelo conflito entre Israel e Irã, dada a importância do Irã na produção global e os riscos associados à disponibilidade de gás natural na região.

O dólar registrou uma queda de 0,3%, mas seu impacto sobre o IPCF foi limitado. O mercado permanece atento aos desdobramentos das taxações impostas pelos Estados Unidos e à finalização das negociações de insumos para a próxima safra de verão, com cerca de 20% do volume pendente de comercialização. O foco atual de quem já comprou, é que os agricultores garantam a retirada de seus fertilizantes , evitando postergações e gargalos logísticos nas entregas.

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