Índice Ceagesp variou -8,02% em julho

O destaque do período ficou com o setor de legumes

08.08.2024 | 14:14 (UTC -3)
Ceagesp
Foto: arquivo Ceagesp
Foto: arquivo Ceagesp

O índice de preços Ceagesp encerrou o mês de julho com variação de -8,02% ante uma variação de -4,87% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o índice apresentou variação de 0,88%. Com o resultado obtido, o índice encerrou o período apresentando um acumulado de -4,24% no ano e 12,46% em 12 meses.

Com o resultado obtido no período, o Índice Ceagesp registrou redução de preços pelo terceiro mês consecutivo. As reduções de preços ocorreram em quase todos os setores analisados. Os principais fatores que contribuíram para isto foram:

1) As reduções nos volumes de chuva associado ao clima mais ameno no período favoreceram a produção de várias leguminosas e hortaliças folhosas;

2) O início de safras em regiões produtoras próximas a cidade de São Paulo de produtos com elevada comercialização no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP);

3) As férias escolares reduziram a demanda pelos produtos comercializados no ETSP.

Neste contexto, o destaque ficou com o setor de Legumes, que entre todos os setores analisados foi o que apresentou a maior redução de preços no período.

Setorização

O setor de frutas variou -1,71% ante uma variação de -5,90% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 5,69%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de -3,17% no ano e de 15,62% em 12 meses. Dos 48 itens cotados nesta cesta de produtos, 54% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de melão amarelo (-28,52%), mamão havaí (-20,81%), mamão formosa (-19,14%), manga palmer (-18,24%) e maracujá azedo (-16,69%). As principais altas ocorreram nos preços de abacate fortuna (+56,86%), carambola (+50,94%), pitaia (+43,31%), acerola (+34,53%) e goiaba vermelha (+12,45%).

O clima mais ameno, em conjunção com o aumento da oferta e o desaquecimento do mercado devido às férias escolares, desestimulou o consumo de algumas frutas e, por sua vez, contribuiu para o arrefecimento ainda maior nas cotações de preço. Deste modo, o melão amarelo encerrou o período ao preço médio de R$ 3,06/kg enquanto que os mamões Havaí e Formosa fecharam a R$ 2,80/kg e R$ 3,02/kg. É importante destacar que ambos os mamões registram, em 12 meses, as maiores reduções de preço no ETSP. Nos últimos 12 meses, o mamão Formosa está com variação de preço de -47,2% e o Havaí, com -63,3%.

O setor de legumes variou -26,22% ante uma variação de -3,47% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -2,70%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de -14,90% no ano e de -4,00% em 12 meses. Dos 32 itens cotados nesta cesta de produtos, 81% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de cenoura (-45,92%), chuchu (-44,65%), tomate carmem (-41,94%), tomate pizzad’oro (-41,45%) e abobrinha brasileira (-40,63%). As principais altas ocorreram nos preços de berinjela comum (+15,90%), mandioquinha (+11,76%), tomate cereja (+6,67%), pepino caipira (+3,27%) e batata-doce rosada (+1,38%).

O setor de Legumes encerrou o período como destaque devido à forte redução de preços quando comparado ao mês anterior. Itens importantes, como cenoura, chuchu e tomates, mantiveram-se com variações negativas de preço por todo o período. A cenoura, que foi produto destaque da semana em 29/07/2024, apresentou cotação média de R$ 2,05/kg no mercado atacadista. Já o chuchu encerrou o período custando R$ 1,47/kg enquanto os tomates Carmem e pizzad’oro fecharam a R$ 2,65/kg e R$ 2,93/kg, respectivamente.

O setor de verduras variou -16,12% ante uma variação de -3,32% no mês anterior. no mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -13,00%. Com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de -20,66% no ano e de -4,85% em 12 meses. Dos 39 itens cotados nesta cesta de produtos, 90% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de coentro (-43,27%), salsa (-37,40%), couve manteiga (-35,34%), repolho liso (-32,65%) e brócolos ninja (-30,97%). As principais altas ocorreram nos preços de milho verde (+8,30%), cenoura com folhas (+6,60%), cogumelo paris (+2,77%) e manjericão (+0,69%).

Nesta época do ano é comum o setor de verduras apresentar fortes variações negativas de preço. A redução no volume de chuvas e as noites mais longas e frias contribuíram para o aumento na produção de hortaliças folhosas. Além disso, as férias escolares reduziram a demanda dos produtos comercializados no setor. Com o desaquecimento do mercado, a couve manteiga fechou o mês sendo cotada a R$ 1,27/maço, o repolho liso a R$ 2,12/cabeça e o brócolos ninja, a R$ 3,80/cabeça. Outros produtos que continuaram apresentando reduções de preços no mercado atacadista foram as alfaces. Com o recesso escolar, as alfaces americana, lisa e crespa encerram o período com cotações médias de R$ 2,15/unidade, R$ 1,00/unidade e R$ 1,06/unidade, respectivamente.

O setor de diversos variou -6,10% ante uma variação de -2,51% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -9,09%. com o resultado obtido, o setor encerrou o mês com um acumulado de 21,65% no ano e de 48,34% em 12 meses. Dos 11 itens cotados nesta cesta de produtos, 64% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de ovos brancos (-13,29%), batata lavada (-12,58%), ovos vermelhos (-6,23%), alho nacional (-6,02%) e cebola nacional (-5,86%). as principais altas ocorreram nos preços de amendoim com pele (+9,19%), amendoin sem pele (+7,94%), batata escovada (+3,27%) e ovos de codorna (+1,30%).

Com o início da safra em regiões produtoras próximas a cidades de São Paulo, os preços da batata lavada e da cebola nacional apresentaram reduções na comparação com o mês anterior. No mercado atacadista, a batata lavada encerrou o período custando, em média, R$ 4,93/kg, enquanto a cebola nacional fechou a R$ 4,75/kg. Caso as condições para produção e colheita dos produtos se mantenham estáveis e com o desenvolvimento gradual da safra, a tendência para estes produtos é de que os preços continuem em queda.

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