Contrabando de defensivos agrícolas deve em breve tornar-se crime hediondo
Projeto de Lei é designado para apreciação da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados
O último levantamento de safra divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicou uma produção de 109,2 milhões de toneladas de soja no ciclo 2017/2018. Para não comprometer esse resultado, o produtor rural deve ficar atento ao manejo das doenças do cultivo, dando maior ênfase para a ferrugem asiática na lavoura de soja.
Segundo o Consórcio Antiferrugem, parceria público-privada de monitoramento da doença, já foram registrados até o momento 18 casos em áreas comerciais nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo e Minas Gerais. Osmar Conte, pesquisador da Embrapa Soja, já havia alertado para a incidência antecipada da ferrugem. “Com a semeadura mais tardia no oeste do Paraná, uma das principais regiões produtoras do país, a doença se manifestou em uma soja no estádio inicial de desenvolvimento e deve ficar por um período maior”, afirmou o pesquisador.
O FRAC-BR, Comitê de Ação à Resistência de Fungicidas, formado pelas principais empresas de defensivos agrícolas atuantes no Brasil, entre elas a BASF, fez uma alerta sobre a identificação precoce da ferrugem asiática na safra 2017/2018.
“Neste ano a ferrugem apareceu mais cedo nas lavouras, muito pela presença do inóculo na entressafra em plantas voluntárias não eliminadas no período do vazio sanitário. Por isso é importante levar em conta a adoção de boas práticas de manejo para evitar perdas com a doença”, alerta Sergio Zambon, gerente sênior de Desenvolvimento de Mercado da BASF.
Confira as dicas da BASF para um controle fitossanitário eficiente:
Antes do plantio:
- Respeite o vazio sanitário. Com essa janela sem plantas de soja a tendência é que diminua a pressão do fungo causador da ferrugem-asiática.
- Recomenda-se a escolha de sementes certificadas, com alto vigor e potencial genético para que o produtor rural assegure uma boa produtividade.
- É essencial, também, fazer o tratamento das sementes. Esse manejo é fundamental para uma boa germinação e um bom estabelecimento da lavoura, livre de pragas e doenças de solo.
- Utilize materiais com maior tolerância genética e, se possível, variedades de ciclos mais precoces.
- Mantenha a fertilidade do solo e faça a adubação de base bem feita.
- É importante planejar o plantio para a época mais recomendada em cada região. O período ideal da semeadura auxilia a cultura a alcançar o máximo potencial produtivo.
- Siga as recomendações sobre o estande mais adequado para cada cultivar que será utilizada na lavoura. Essa técnica influencia diretamente na produtividade da soja.
Lavoura estabelecida:
- Com o plantio finalizado, o produtor precisa fazer um monitoramento constante das doenças no cultivo de soja.
- Priorize o manejo preventivo da ferrugem-asiática ainda no estágio vegetativo da planta.
- Para ser mais assertivo no manejo faça as aplicações dos fungicidas nos intervalos e doses indicados na bula.
- É muito importante rotacionar fungicidas com diferentes mecanismos de ação como Triazóis, Estrobilurinas, Carboxamidas, Morfolinas e Multissítios.
- A efetividade do controle químico passa pela escolha adequada da tecnologia de aplicação e pelo gerenciamento dos maquinários utilizados nas lavouras, podendo contribuir com a redução de até 30% do custo operacional do produtor rural.
- Associe os fungicidas multissitios em todas as aplicações visando um melhor controle e manejo da resistência do fungo.
Após colheita:
- Faça a rotação de culturas. Esse manejo auxilia no combate de doenças, pragas e plantas daninhas. Também beneficia a reciclagem de nutrientes, a cobertura e proteção do solo, pois os resíduos dos cultivos de inverno são bons para as áreas que receberão a soja.
- Atenção: não plante soja safrinha. Plantar soja sobre soja aumenta consideravelmente o risco de pragas e doenças, principalmente da ferrugem-asiática, aumentado a exposição dos fungicidas ao fungo.
- Elimine a soja voluntária, também conhecida como guaxa, que fica na lavoura após a colheita ou no acostamento das estradas que carregam o grão.
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