Duradoura, mesmo com cargas elevadas: tarugos de plástico para aplicações extremas
O material tribológico iglidur Q2 livre de lubrificação e livre de manutenção expande a gama de tarugos da igus
O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, assinou nesta quinta-feira (14) decreto criando o Programa Nacional de Solos do Brasil (Pronasolos). Trata-se do maior programa de investigação do solo brasileiro já feito. O trabalho envolve Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Embrapa, universidades, institutos e empresas de pesquisa e agências especializadas.
“Com a assinatura do ministro, o Brasil passa a ter uma estratégia de longo prazo para levantamento do uso dos solos”, explica o coordenador do Pronasolos, pesquisador José Carlos Polidoro, da Embrapa Solos. "Em 20 anos, não teremos mais erosão do solo no Brasil, evitando um prejuízo anual de cinco milhões de dólares por ano”, declara o pesquisador frisando que o programa “vai colocar o Brasil em um patamar diferenciado entre as nações, ampliando sua capacidade de conservar e usar melhor solo e água”.
Em 2020, haverá recursos no orçamento geral da união para realizar trabalhos de campo. Uma das tarefas principais até lá será o resgate e organização de todas as informações disponíveis sobre os solos brasileiros levantadas nos últimos 50 anos. “O resultado, será a capacidade do Estado brasileiro informar a qualquer cidadão e, principalmente aquele interessado em agropecuária, sobre as condições do solo em cada lugar para ampliar nossa capacidade de produzir sem agredir os recursos naturais”.
No último dia 5, Dia Mundial do Solo, representantes de universidades e instituições ligadas à tecnologia e ciência assinaram, na sede da Embrapa em Brasílía (DF), protocolo de intenções que dá as diretrizes de trabalho do Pronasolos.
Definido pelo presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, como uma das maiores iniciativas do Brasil para proteger seu solo, o Pronasolos está orçado em R$ 740 milhões, nos dez primeiros anos, e envolverá atividades de investigação, documentação, inventário e interpretação de dados de solos brasileiros para gestão desse recurso e sua conservação.
Entre os maiores resultados esperados está a criação de um sistema nacional de informação sobre solos do Brasil e a retomada de um programa nacional de levantamento de solo. “Esses dois pontos a serem atendidos estão listados no acordão redigido pelo Tribunal de Contas da União, em 2015, que deu origem ao programa,” apresentou Polidoro. “O programa irá obter informações importantes no nível de detalhamento necessário para que o País consiga usar esse recurso natural tão importante”, disse o cientista.
O presidente da Embrapa ressaltou a importância do trabalho coletivo para a realização da empreitada. “Não se faz um trabalho dessa magnitude sem uma parceria muito consolidada, por isso envolve atores de extrema importância,” frisou. “Exploramos outros planetas e conhecemos pouco o nosso próprio solo”, disse o presidente da Embrapa após assinar o documento, ressaltando que o solo é um recurso com o qual se deve ter cuidado. “A produção de alimentos cada vez mais sofisticados e a desertificação observada em diversas partes do planeta são exemplos de questões relacionadas a esse valioso recurso”, comentou.
“Estamos celebrando um grande marco nas Ciências do Solo no Brasil,” declarou a presidente da Sociedade Brasileira de Ciência de Solo (SBCS), Fátima Maria de Souza Moreira. "Estamos quase meio século distantes dos levantamentos pioneiros do Radam Brasil, IAC e Embrapa na década de 1970 e que visavam o reconhecimento do território nacional. O Pronasolo fará agora um detalhamento mais acurado com fins de manejo adequado à potência agrícola que o Brasil se tornou."
Em nome do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ivone Lopes Batista afirmou que a instituição usará sua expertise em coleta de dados em todo o território nacional para gerar dados de cartografia e recursos naturais para o Pronasolos. “Estamos honrados de participar de uma atividade e um debate tão importante para comunidade científica brasileira.”
O presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Rui da Silva Verneque, disse ser fundamental conhecer esse recurso natural para continuar a contribuir para a produtividade da agricultura brasileira. “Precisamos conhecer o solo e suas transformações. É um trabalho grandioso, de enorme envergadura e fundamental para o Brasil,” pontuou. Verneque discursou em nome das instituições estaduais de pesquisa agropecuária.
A sustentabilidade e as questões ambientais foram lembradas pelo representante do Serviço Geológico do Brasil (CPRM/SGB), Paulo Afonso Romano. “Para cumprir os objetivos do desenvolvimento sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) será necessário conhecer o solo,” ressaltou, “Não é possível separar gestão da água sem falar de solo”, completou.
“A falta de água que sofremos hoje nas fazendas está bastante relacionada à falta de cuidados que temos com o solo,” afirmou o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, para ele, além do Programa, o País deve ter uma política e um sistema nacional de informação sobre solo.
“A Universidade Federal de Santa Maria se sente orgulhosa de poder colocar sua longa tradição na área de solos à disposição desse trabalho”, declarou o reitor da universidade, Paulo Afonso Burmann. “É para se comemorar a decisão incisiva do País de resolver essa importante demanda”, acredita.
José Carlos Polidoro, da Embrapa, informou que o Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) prepara um decreto que visa a estabelecer o Pronasolos como programa de Estado.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura