Hoana Santos é eleita a nova presidente do Sindag

A aviação agrícola brasileira tem uma nova líder: Hoana Almeida Santos, empresária de Tocantins, foi eleita nesta quinta-feira (26) para presidir o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) pelos próximos dois anos. Ela é a primeira mulher a ocupar o cargo máximo da entidade que representa cerca de 90% das 245 empresas aeroagrícolas em funcionamento no país.

Hoana já fazia parte do Conselho de Administração do Sindag desde 2019 e agora assume o lugar de Thiago Magalhães Silva, de Orlândia (SP), que passa a ser o vice-presidente. O novo conselho conta ainda com empresários do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás, Bahia, Mato Grosso, Rondônia e Maranhão.

A eleição ocorreu em Porto Alegre, em uma assembleia que reforçou as principais pautas do setor, como a comunicação com a sociedade e a melhoria contínua da qualidade e segurança das operações. O Sindag também tem como foco a defesa dos interesses dos associados e a promoção do desenvolvimento sustentável da aviação agrícola no Brasil.

O país é hoje o segundo maior mercado aeroagrícola do mundo, com mais de 2,5 mil aeronaves (aviões e helicópteros) atuando no trato de lavouras, de acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A frota brasileira só perde para a dos Estados Unidos, que tem mais de 3,6 mil aeronaves. Além disso, estima-se que cerca de 3 mil drones já sejam utilizados para o trato de lavouras no Brasil.

A aviação agrícola é uma ferramenta essencial para o agronegócio brasileiro, pois permite uma aplicação mais precisa e eficiente de defensivos agrícolas, fertilizantes e sementes. Além disso, contribui para a preservação ambiental, pois reduz o desperdício de produtos e evita a compactação do solo e a emissão de gases poluentes.

Hoana Santos tem como desafio liderar o setor em um momento em que enfrenta o preconceito e a desinformação sobre suas atividades. Por isso, ela pretende intensificar as ações de divulgação e conscientização sobre os benefícios da aviação agrícola para o país e sobre as normas rigorosas que regem o setor. Ela também quer estimular a participação das mulheres na aviação agrícola, que ainda é um segmento predominantemente masculino.

Assim, o foco da entidade deve ser aumentar as ações de transparência e aproximação com a sociedade (reforçando os encontros a imprensa, autoridades governamentais, lideranças comunitárias e outros atores), bem como seguir com os programas de melhoria contínua do setor – como as Academias de Segurança Operacional, o MBA em Gestão Inovação e Sustentabilidade e o Sindag na Estada (que está chegando à sua 100ª edição), entre outras ações de qualificação.

Nesse ponto entram também o apoio pesquisa, com o congresso Científico da Aviação Agrícola e o programa Boas Práticas Aeroagrícolas (BPA Brasil). Neste caso, uma parceria entre o Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag, cujo presidente Júlio Kämpf também esteva na assembleia em Porto Alegre) e o Sebrae Nacional.

“É obrigação nossa fazer o nosso trabalho social, debatendo e levando informações para a sociedade”, pontuou a presidente em sua primeira fala logo depois de eleita. A dirigente também agradeceu o apoio da entidade e dos colegas empresários pela troca de experiências desde que passou a integrar o Sindag. “É um aprendizado constante, em uma entidade que também se esforça muito, junto com o Ibravag, pela valorização do setor”, destacou Hoana