Governo regulamenta uso de lubrificantes especiais na indústria de ração

19.05.2009 | 20:59 (UTC -3)

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento determinou que os fabricantes de ração animal adotem o uso de lubrificantes com grau alimentício em equipamentos que possam ter contato direto ou indireto com a ração.

Produtos com essa especificação são próprios para aplicações na indústria alimentícia sempre que houver qualquer risco de contato acidental entre o lubrificante e os alimentos.

A mudança na legislação vem como resposta a uma exigência do mercado internacional já que o Brasil exporta esses produtos. “Países da Europa, como Holanda, Alemanha, Inglaterra e Bélgica, em que há grandes pólos produtores de ração, já adotam esse padrão. A medida está em acordo com os conceitos das Boas Práticas de Fabricação”, ressalta o gerente de Desenvolvimento de Negócios da Shell para o setor, Francisco Gadelha.

A fabricação de ração peletizada (que alimenta aves e porcos, por exemplo) está entre os processos críticos, uma vez que é muito comum a graxa utilizada nos rolamentos entrarem em contato com o produto. Já foram registrados problemas em animais em virtude do consumo de ração contaminada por substâncias tóxicas. Um caso recente ocorreu no fim de 2008, na Irlanda, com porcos.

Segurança alimentar e performance superior estão entre as principais razões para a utilização desses produtos. Lubrificantes com grau alimentício não alteram o sabor e o cheiro dos alimentos e não representam nenhum risco a quem os consome, desde que estejam em concentração inferior a 10 miligramas por quilo. Por outro lado, se o produto utilizado não tiver essa propriedade, a tolerância é zero.

A obrigatoriedade faz parte da Instrução Normativa nº 4, de fevereiro de 2007. As indústrias tinham 545 dias para se adequar, mas, na avaliação de Gadelha, a transição para os novos produtos ainda não está plena. “Um dos motivos é que há uma diferença de preço, mas sob a ótica da produtividade e segurança, vemos os ganhos. Em geral, o lubrificante com grau alimentício, além da segurança alimentar, traz ganhos de performance, como por exemplo o aumento do intervalo de relubrificação. Pode-se ainda conseguir uma redução do consumo e dos custos de manutenção”, explica.

Para ajudar na identificação dos pontos nos equipamentos que demandam lubrificantes com grau alimentício, a Shell oferece o serviço de análise chamado Controle dos Pontos Críticos de Lubrificação, realizado por uma equipe técnica especializada. A empresa conta ainda com um portfólio completo de produtos com a especificação H1. No ano passado, a Shell foi a primeira empresa no mundo a receber a certificação ISO 21469, outorgada pela NSF, para as suas fábricas que produzem lubrificante com grau alimentício.

Shell Cassida

De acordo com a empresa, os lubrificantes de grau alimentício Shell Cassida são lubrificantes 100% sintéticos e formulados com aditivos homologados pelo FDA e aprovados pelo NSF na categoria H1. A linha Cassida é composta de lubrificantes para sistemas hidráulicos, redutores, bombas de vácuo, correntes, nórias, compressores e demais aplicações, como também pontos de lubrificação em baixas temperaturas.

Shell FM

Lubrificantes com grau alimentício formulado com óleo mineral selecionado, com aprovação NSF H1. Na linha Shell FM se destaca a graxa FM Grease HD que tem sua principal aplicação a lubrificação dos Rolamentos dos Rolos de Peletizadoras .

Fonte: Assessoria de Imprensa da área de Lubrificantes da Shell - Cajá – Agência de Comunicação - (21) 2217 1400

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