Governo do Estado do RS começa na Fronteira Oeste regionalização do Plano Safra

20.06.2014 | 20:59 (UTC -3)

O Governo do Estado deu início nesta quarta-feira (18), em Alegrete, na Fronteira Oeste, à regionalização do Plano Safra Estadual 2014/2015. Depois do lançamento oficial em Canguçu, no último dia (09), feito pelo governador Tarso Genro, as secretarias da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) e Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) vão percorrer quatro regiões.

Com cerca de R$ 2,74 bilhões entre recursos do tesouro e do sistema financeiro, o quarto plano tem meta de atingir 300 mil famílias no campo. Ele complementa as ações federais tanto do Plano Agrícola e Pecuário, do Ministério da Agricultura (Mapa), quanto do Plano Safra da Agricultura Familiar, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Assim como em edições passadas, as medidas - 66 nesta edição - reforçam o combate às desigualdades regionais, a melhoria da infraestrutura rural, o fortalecimento da agropecuária e recuperação da capacidade de investimento e gestão do Estado. Dão ênfase ao aumento da renda, da produtividade e à permanência do jovem na zona rural.

De 2011 até agora, o acumulado de recursos chega a cerca de R$ 9 bilhões. Segundo o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Claudio Fioreze, o Rio Grande do Sul vive momento de crescimento e estabilização da economia no meio rural, o que acaba impulsionando outros setores como o de serviços nas áreas urbanas. "O Produto Interno Bruto (PIB) de 6,4% registrado em 2013 tem muito a ver com a produção primária".

"Nos últimos quatro anos, colhemos as três maiores safras da história, sendo a última de mais de 30 milhões de toneladas", afirmou Fioreze, ao se dirigir a alunos da Universidade Federal do Pampa (Unipampa). "Uma conquista do Estado junto ao Governo Federal", reforçou.

Na Fronteira Oeste, por exemplo, são mais de R$ 30 milhões de investimentos da Seapa, fruto de programas como Mais Ovinos no Campo e Mais Água, Mais Renda.

"Mais de 1,7 mil projetos para irrigar 7,5 mil hectares e 142 operações de retenção ou aquisição de ovinos, dois dos principais programas do Estado", afirmou. Só com o Mais Água, Mais Renda, exemplificou, a área irrigada de culturas de sequeiro será mais do que duplicada. "Levamos 30 anos para irrigar 75 mil hectares no Estado. Até o final do ano, vamos chegar a 200 mil hectares, aumentando as rendas privada e pública".

Duas áreas fundamentais também recuperadas desde 2011 são a pesquisa e a extensão rural. Sucateadas, a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e Emater voltaram a ser protagonistas, acrescentou o secretário.

"Enquanto a Emater contratou mais de 1,1 mil servidores no período, a Fepagro também fez concurso público e voltou a fazer pesquisa em seus 23 centros regionais. Temos agora 48 pesquisadores com mestrado e doutorado distribuídos por todos os cantos. Fechamos 2013 com mais de R$ 50 milhões em projetos de pesquisa".

Para o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Elton Scapini, o Plano Safra Estadual não só aumenta a incidência das políticas federais como se traduz num instrumento econômico e social.

Inauguração da 133ª Inspetoria de Defesa Agropecuária

Antes do lançamento regional do Plano Safra, o Governo do Estado entregou, também em Alegrete, a 133ª modernização da Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA). Em parceria com a União, o Estado, por intermédio da Seapa, está recuperando as 248 unidades.

Num projeto de mais de R$ 25 milhões, também comprou veículos, móveis, computadores e realiza o treinamento de funcionários, em especial os 130 novos fiscais agropecuários chamados pela Seapa e aprovados em concurso público no ano passado.

Do total, pelo menos 77 já começaram a trabalhar em inspeção. A reestruturação do sistema de defesa sanitária melhora o status da produção gaúcha. Um exemplo é a abertura do corredor de passagem pela BR-101 que cruza por Santa Catarina. O acordo fazendário e sanitário entre os dois Estados permitiu ao RS, em particular, levar seus produtos de origem animal para regiões como São Paulo, por exemplo, desafogando a BR-116, outros três acessos de fronteira, abrindo mais mercado e diminuindo os custos com frete. Estimativa de empresa gaúcha dá conta de economia de R$14 milhões por ano em logística.

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