Governo diz que cacau-cabruca é premissa da agricultura sustentável

13.06.2012 | 20:59 (UTC -3)
Domingos Matos

Outra vitória para a cacauicultura baiana. O Governo Federal reconheceu, através do Ministério da Agricultura, o cacau-cabruca como uma das 10 principais premissas da agricultura para a construção de uma sociedade sem fome e sem miséria, e de uma economia sustentável. O documento está publicado no site do Mapa, em

- no link Principais Premissas. O cacau-cabruca foi a única cultura citada individualmente no documento do ministério.

Para o superintendente da Ceplac na Bahia, Juvenal Maynart, esse é um momento importante para a região. A partir do reconhecimento do governo, a cacauicultura baiana, através da cabruca, ganha legitimidade, ganha fé pública. “Isso abre caminho para que num futuro que desejamos próximo, sejam adotadas políticas públicas de estado para o cultivo, com crédito e incentivos”.

Juvenal Maynart lembra que um de seus objetivos, quando assumiu a Superintendência da Ceplac, era promover ações que permitissem ao produtor voltar a ganhar dinheiro com a sua atividade, promovendo ganhos sociais dentro da cadeia produtiva, especialmente na contratação e manutenção da mão-de-obra com garantia dos direitos dos trabalhadores. “Desse modo, entendo, sim,como uma grande vitória que a Ceplac divide com toda a região”, analisa Maynart.

O superintendente também observa que a fé pública que a cabruca conquista com a publicação do documento, permitirá, com apoio dos entes federados, que a nação brasileira comece a projetar a volta da autossuficiência do produto, e assim atender plenamente a indústria moageira em sua planta instalada no país. “Sem falar que será uma commoditie mais valorizada, justamente devido a esse reconhecimento como cultura sustentável”.

Maynart afirma ainda que é esse o modelo de agricultura que a Ceplac vai levar para apresentação na Rio+20 – no próximo dia 19, na Embrapa Solos – e que vai colocar a região nas discussões do que se chama de economia verde. “O que fazemos aqui, há mais de 250 anos, é a agricultura do terceiro milênio, é o que a sociedade mundial clama. O mundo precisa reconhecer isso, e essa é a nossa luta”.

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