Governo anuncia mudança nas taxas de financiamento de máquinas agrícolas

06.12.2012 | 21:59 (UTC -3)
Fonte: Assessoria de Imprensa

Depois de a Comissão de Agricultura da Câmara aprovar um requerimento do deputado Nelson Padovani para ouvir o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o funcionamento das linhas de crédito para compra de máquinas agrícolas, caminhões e equipamentos novos, o governo resolveu agir. No final da tarde da última quarta-feira (5), o ministro anunciou a prorrogação e as novas taxas e condições do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) para o ano que vem. Trata-se de um novo PSI, já que o anterior venceria no final de 2012. Padovani vinha lutando pela manutenção da taxa de juros em 2,5%, e chegou a se reunir na terça-feira com o subsecretário de Política Fiscal do Tesouro Nacional, Marcus Aucélio.

Ao todo, serão disponibilizados R$ 100 bilhões para o programa. Desse total, R$ 85 bilhões serão viabilizados pelo sistema BNDES e R$ 15 bilhões serão ofertados para o sistema bancário. Essas novas condições do PSI, segundo Guido Mantega, permitirão aumento de 8% nos investimentos. Além disso, o novo PSI terá liberação mais ágil e incluirá o mercado de capitais – emissão de debêntures de infraestrutura, de investimento e os FIDCS de infraestrutura, além de leasing para bens de capital e veículos. O programa financia aquisição de bens de capital, como máquinas e equipamentos, ônibus e caminhões, e inovação tecnológica.

As taxas de juros do programa serão de 3% ao ano no primeiro semestre de 2013 e de 3,5% ao ano no segundo semestre. Para compra de tratores, colheitadeiras e implementos agrícolas, o prazo de financiamento será de até 120 meses, incluídos de 3 a 36 meses de carência. Para peças e componentes de fabricação nacional e serviços tecnológicos, até 36 meses, com carência a critério do BNDES. No caso de ônibus, caminhões, chassis e carretas, 120 meses, incluídos 3 ou 6 meses de carência.

Para Nelson Padovani, a medida anunciada pelo governo representa uma grande vitória para o setor rural. “Isto significa que estamos no caminho certo. Nosso desejo era de que se mantivesse a taxa nos atuais 2,5%, mas os 3% no primeiro semestre de 2013 e 3,5% já é um avanço extraordinário. Porque a agricultura tem que trabalhar com medidas de longo prazo. Desta forma, o produtor terá tempo para buscar o financiamento - cumprindo todas as exigências - e as fábricas terão condições de entregar as máquinas. E o mais importante: temos a real possibilidade de renovação da nossa frota agrícola”.

Padovani agradeceu o empenho da equipe técnica do Ministério da Fazenda pela sensibilidade demonstrada em relação aos produtores rurais. “Como relator do endividamento, me sinto gratificado, porque conseguimos dar mais um passo na luta para melhorar a realidade dos nossos agricultores, que vêm sofrendo com o endividamento e precisam, mais do que nunca, do amparo do governo. É uma decisão acertada porque vai beneficiar toda a cadeia produtiva”, frisou.

Em razão do anúncio do governo sobre as novas taxas do PSI, Padovani informou que irá solicitar, na semana que vem, o cancelamento da audiência pública, inicialmente prevista para acontecer no próximo dia 19.

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