apagar, por favor
“Quem não votar a favor será considerado traidor”. A afirmação é do governador André Puccinelli durante manifestação promovida em Brasília nesta terça-feira (5) pela aprovação do texto do senador Aldo Rebelo (PCdoB/SP) para o novo Código Florestal. Único governador presente no movimento organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Puccinelli convocou a bancada sul-mato-grossense a aprovar a proposta, que deverá ser votada ainda em abril. “Queremos vencer esta batalha contra o atraso”, reforçou, referindo-se a Mato Grosso do Sul.
A mobilização nacional levou 24 mil produtores rurais à Esplanada dos Ministérios, bem mais do que a projeção inicial da CNA, que era de 15 mil. Diante do público, dezenas de parlamentares de vários estados se revezaram na tribuna para manifestar apoio à proposição de Rebelo. Além do Governador, Mato Grosso do Sul esteve representado pelos senadores Waldemir Moka (PMDB) e Marisa Serrano (PSDB).
De modo organizado, os manifestantes foram recebidos logo pela manhã com café da manhã e participaram de uma missa campal, iniciada ao som de berrantes, em frente ao Palácio do Planalto. “É uma manifestação que mostra a maturidade do setor agropecuário”, destacou o diretor da Famasul, Dácio Queiroz. “Reconhecemos o esforço dos 800 produtores de Mato Grosso do Sul que enfrentaram horas de estrada para se fazer presente no movimento”, agradeceu o presidente da Federação da Agricultura e pecuária de MS (Famasul), Eduardo Riedel.
Durante a missa, a presidente da CNA, Kátia Abreu, pediu que o Brasil seja reconhecido tanto como modelo de proteção ambiental como pela produção de alimentos. “Que se desfaçam os desencontros entre ambientalistas e produtores rurais”, pediu a senadora durante a prece. Ao iniciar os discursos que se seguiram à missa, Kátia Abreu pediu a retribuição dos produtores aos parlamentares que apóiam a proposta do novo código e agradeceu à imprensa por contribuir com o esclarecimento acerca das questões ambientais abrangidas pelo código.
Para o presidente do Sindicato Rural de Amambai, Christiano da Silva Bortoloto, o movimento foi marcante para demonstrar a força do homem do campo. “Viemos buscar aprovação de algo que é fundamental para o setor”, enfatiza. “A mobilização é legítima, muito embora seria desnecessário um movimento como esse por uma causa como essa”, defendeu o presidente do Sindicato Rural de Dourados, Marisvaldo Zeuli, dizendo-se satisfeito com o apoio da base parlamentar do Estado.
“Além de mostrar a importância do Código, demonstra a força do produtor para a sociedade brasileira”, salientou o vereador de Dourados, Gino Ferreira (DEM). Na avaliação do presidente do Fórum da Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira, o saldo mais positivo da mobilização foi mostrar ao Brasil o que o campo espera do Congresso. “Todas as nossas argumentações tem bases científicas, não estamos fazendo nenhum discurso apaixonado ou infundado”, defendeu.
Programação – A mobilização em frente ao Palácio do Planalto iniciou com o hino nacional, seguido de missa campal e de uma sessão de fogos. Logo a seguir, houve a manifestação dos parlamentares presentes e almoço. Na programação da tarde, o abraço simbólico dos produtores ao Congresso Nacional, a visita das caravanas estaduais ao Congresso e o pedido entregue por uma comissão de lideranças ao presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT/RS) para que o texto de Rebelo seja votado ainda este mês.
Rosane Amadori
Sato comunicação
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura