Goiás fomenta projeto nacional

Produzir riquezas e garantir a conservação ambiental. É o que preconiza o termo de cooperação técnica assinado terça-feira (16/06), pelo ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, e pelo governador de Goiás, Alcides Rodrigues (PP).

Compensação ambiental aos produtores rurais goianos marcou o ato, já que Goiás será modelo nacional nesta área.

O governador fez questão de destacar que o projeto é ambicioso e inteligente, já que atua nas vertentes que estão em constante conflito no Brasil, referindo-se aos ambientlistas e aos produtores rurais. "Não podemos pensar em desenvolvimento a qualquer preço”, ressaltou Mangabeira Unger. Para ele, é fundamental conciliar a produção com a preservação da natureza, além de colocar em prática planejamento que contemple o agronegócio e a ideia de preservação ambiental.

Presente ao ato de assinatura do termo, o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Leonardo Veloso, ressaltou a abrangência do projeto, já que Goiás possui em Ipameri (a 188 km da Capital) a única fazenda-modelo integrante do Projeto de Disseminação de Tecnologias em Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. O projeto está sob a responsabilidade da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seagro) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Mangabeira Unger, que fez questão de conhecer a Fazenda Santa Brígida, propriedade de Marize Porto Costa, anunciou que o projeto goiano servirá de modelo a iniciativas similares, a ser implantadas em nível nacional. Com isso, Ipameri passa a fazer parte da política nacional do governo federal, em se tratando de manejo sustentável e ambientalmente responsável.

"Estamos muito contentes com o anúncio feito pelo ministro e ressaltamos que Goiás tem muito a ganhar, agora que Ipameri será modelo nacional", destacou Veloso. Ainda na oportunidade, foi discutida a remuneração, em regime de compensação ambiental, aos produtores que conduzirem ações voltadas ao meio ambiente e, consequentemente, apresentem projetos ambientalmente sustentáveis.

SANTA BRÍGIDA

A principal atividade da Fazenda Santa Brígida, até 2006, era a pecuária de corte. Mas o dono da propriedade enfrentava problemas decorrentes da degradação de pastagens, situação comum na região Sudoeste do Estado de Goiás. Por meio de parcerias com a iniciativa privada e a Embrapa, a fazenda se tornou - em apenas três anos de implantação das ações - um caso bem sucedido de transferência de tecnologias a produtores rurais. Agora, o respaldo do ministro Mangabeira Unger, ao confirmar a propriedade como modelo para iniciativas do gênero, em nível nacional.

Por ocasião da visita, o ministro constatou que a fazenda-modelo goiana é base para trabalhos desenvolvidos nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso. Para se ter uma ideia da dimensão do projeto, no início a Santa Brígida apresentava capacidade para 500 animais. Hoje, comporta mais de 2 mil cabeças. Desde a implantação do projeto, a produção da fazenda mais que duplicou. E o número de animais, triplicado. Também estão envolvidos nesta ação a Universidade Estadual de Goiás (UEG) e a Prefeitura de Ipameri. (Agecom/Seagro)

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