​Goiânia é palco para capacitação sobre qualidade de fibra

Profissionais de vários estados se reuniram na capital para ampliar noções de avaliação de algodão

13.04.2017 | 20:59 (UTC -3)
Brenno Sarques

Funcionários e coordenadores de nove unidades produtivas de algodão da SLC Agrícola realizaram o curso sobre “O impacto das características intrínsecas e extrínsecas do algodão na indústria têxtil”. Foram dois dias de intensa formação técnica, que ocorreu na sede da Agopa, dias 11 e 12 de abril, em Goiânia. Ao todo, 25 colaboradores vindos do Maranhão, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás participaram da capacitação.

Coordenador corporativo em Gestão e qualidade de Algodoeiras da SLC Agrícola, Edmilson Souza Santos explica que é preciso que as equipes envolvidas na produção de algodão entendam mais sobre as particularidades da fibra, para um melhor beneficiamento e envio às indústrias. “Estamos em processo de melhoria, mas ainda há muito o que aprender”, pontua.

O coordenador de Algodoeiras explica que a Agopa foi escolhida para sediar o treinamento devido ao seu laboratório de análises de HVI. Os equipamentos de medição que o laboratório possui, diz, são importantes no desenvolvimento da parte prática do curso. “Goiânia se destaca por estar no centro do país e a Agopa é nossa parceira. Fazemos análise de algodão de algumas de nossas unidades produtivas no laboratório e sabemos da qualidade do trabalho”, afirma. Para Edmilson, o curso foi bem aproveitado, onde coordenadores e monitores de qualidade aprenderam bastante sob o comando do professor Jorge José de Lima.

Experiência

Profissional envolvido há 44 anos com a cadeia da cotonicultura, Jorge José de Lima é professor credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em qualificação de algodão em pluma. Desde 2005, vem formando turmas de qualificação em diferentes estados brasileiros. Jorge destaca que o importante é que as partes da cadeia do algodão se comuniquem, do plantio até o produto final. “Havia um hiato entre o produtor e a indústria têxtil”, recorda.

Com grande experiência em sala de aula, Jorge diz que o objetivo era entender quais os pontos fundamentais da fibra. “Temos que agregar valor ao nosso produto na hora da venda. Só conseguimos isso se tomarmos cuidado com todo o processo, desde a preparação do solo até a entrega da pluma”, garante. Jorge lamenta que a pesquisa sobre a fibra do algodão no Brasil ainda não tenha atingido níveis que atendam às suas demandas. “A questão do micronaire e sua maturidade é um exemplo que requer pesquisa, e nisso ainda somos carentes”, ressalta.

Para o professor, a turma foi aplicada e aprendeu o conteúdo. Alguns dos coordenadores presentes são seus ex-alunos e sempre que podem, voltam à sala de aula para renovar os conhecimentos. Jorge diz que segredo está no uso de uma linguagem compreensível ao entendimento de todos. Para isso, afirma, a pedagogia e o uso do lúdico servem para prender a atenção do aluno e promover a interação durante a aula.

Gerente do Laboratório da Agopa, Rhudson Assolari acredita que os responsáveis pelas algodoeiras puderam ampliar suas visões sobre os cuidados a serem tomados para se obter maior qualidade da fibra. “O laboratório facilitou o aprendizado prático, onde os alunos puderam realizar testes e entender o funcionamento das máquinas e a linguagem dos relatórios. Hoje, todos se tornaram melhores profissionais do que eram antes”, conclui.

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