GO: Projeto Fruteiras do Cerrado apresenta resultados positivos

03.12.2008 | 21:59 (UTC -3)

Que tal um suco de murici? Um bolo feito do jatobá? Um pão de queijo, mas com sabor de pequi? Enfim, um café da manhã com sabor do cerrado. Foi nesse clima tropical e com esse sabor de frutos típicos do cerrado que convidados especiais foram recebidos na manhã dessa terça feira no auditório da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento num encontro onde foi feita uma avaliação do Projeto Fruteiras do Cerrado. É um programa do Ministério do Meio Ambiente, com recursos do Fundo Nacional do Meio Ambiente, e que conta com vários parceiros. São eles: a SEAGRO, UCG, UFG, FAEG, Embrapa e Ibama. A SEAGRO é a responsável pela assistência técnica.

Participaram técnicos, produtores, representantes de diversos municípios, de entidades, o secretário de Agricultura Paulo Martins da Silva, dentre outros.

A coordenadora do Projeto, Magda Alves Leite, fez uma explanação sobre o estágio em que ele se encontra. O projeto, implantado no ano passado, está completando um ano e tem duração prevista para 4 anos. Mas dependendo de seu sucesso, e que já está acontecendo, poderá ser prorrogado por mais 4 anos. Hoje, ele atinge a milhares de famílias residentes em vários municípios da região denominada de Estrada de Ferro.

A primeira etapa, já cumprida, foi um trabalho de sensibilização e de conscientização da sociedade dos municípios beneficiados pela preocupação com o meio ambiente, com o bioma cerrado, com o alerta de que a extração de forma descontrolada de frutos, como o pequi e o baru, está provocando a destruição.

Hoje o trabalho é feito em duas direções: conscientização para a preservação do cerrado e sua recuperação, e o extrativismo como atividade econômica de sustentação.

"A receptividade dos produtores e gestores municipais tem sido muita boa. A comunidade já definiu os chamados arranjos de espécies, unidades modelos, para se praticar uma atividade econômica rentável, e que tenha sustentabilidade para o produtor. Que seja uma atividade de renda", salientou.

Antonio Sêneca do Nascimento Neto, coordenador do território da Estrada de Ferro, diz que todas as decisões sobre o projeto são feitas com as participações de representantes dos produtores, através das chamadas reuniões plenárias. Eles participam, por exemplo, na definição de qual atividade deve ser praticada num determinado arranjo produtivo.

O Secretário de Agricultura, Paulo Martins da Silva, destacou a importância do projeto lembrando o fato de que o cerrado em várias regiões, principalmente no Sul e Sudoeste, foi completamente devastado para a prática da agropecuária.

Disse que a SEAGRO teve participação fundamental para a implantação do projeto no Estado, uma vez que a extinta Agência Rural apresentou o projeto ao Fundo Nacional do Meio Ambiente, o qual foi aprovado no final de 2006, e que começou a ser executado com a formação de viveiros de plantas nativas.

Paulo Martins também destacou a importância da entrega de 4 veículos e cinco computadores com impressora pela Fundação Nacional do Meio Ambiente(FNMA) à Fundação de Desenvolvimento, Assistência Técnica e Extensão Rural de Goiás(Fundater).

O projeto, denominado de Conservação, Produção, Manejo e Agro Industrialização de Fruteiras do Cerrado e em Sistema Agro Florestais vai receber da FNMA investimentos da ordem de R$ 664.755 mil, com uma contra partida de R$ 66.493 mil reais da Fundater.

Para ilustrar o processo de devastação que sofreu durante as últimas décadas, vale lembrar que o cerrado brasileiro é a segunda maior formação vegetal do país. Estendia-se originalmente por uma área de 2 milhões de km², abrangendo 10 estados do Brasil Central. Hoje, restam apenas 20% desse total.

Em Goiás o Programa abrange os municípios de Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Caldazinha, Cristianópolis, Gameleira, Leopoldo de Bulhões, Orizona, Palmelo, Pires do Rio, Santa Cruz de Goiás, São Miguel do Passa Quatro, Silvânia, Urutaí, Vianópolis e Ipameri. Pequenos proprietários rurais desses municípios que desejarem se inscrever no programa ou obter maiores informações podem procurar os escritórios locais da SEAGRO.

Fonte: Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Goiás (SEAGRO) - www.seagro.go.gov.br / 62 3201-8905

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