GCONCI comemora 20 anos de dedicação à citricultura

Elo entre as instituições de pesquisa públicas, empresas privadas e o setor produtivo, o Grupo de Consultores em Citros ajudou a conduzir a atividade citrícola a novos patamares de produtividade e excelência

11.05.2016 | 20:59 (UTC -3)
Silvia Sibalde

A citricultura brasileira apresenta números expressivos que traduzem a grande importância econômica e social que a atividade tem para a economia do país. Além de ser o maior produtor mundial de laranjas, o Brasil também é o maior exportador de suco de laranja, atendendo a diversos países. De 20 anos para cá, foram muitas as transformações e também os desafios enfrentados pelo setor – períodos de recorde de produção; queda de preços; surgimento de novas doenças e pragas, aumentando os custos com tratamento fitossanitário; baixa no consumo global de suco de laranja; busca por tratamentos menos agressivos ao meio ambiente, entre outros.

Nesse período, a atividade citrícola soube, no entanto, cavar oportunidades de crescimento durante as fases mais difíceis e contou para isso com a ajuda de profissionais especializados como o Grupo de Consultores em Citros (GCONCI), criado em 1996 para pensar e desenvolver o negócio do citricultor de maneira sólida e sustentável. “O grupo nasceu da necessidade de trocar e difundir informações, e buscar a excelência na consultoria, em uma época em que não se podia mais contar com a extensão rural oficial”, lembra Gilberto Tozatti, um dos fundadores e presidente do grupo por diversas gestões.

Tozatti destaca o pioneirismo do GCONCI: “Fomos o primeiro grupo de consultores especializados em uma única cultura, o que era um diferencial, além de termos contribuído para a valorização do consultor de citros”.

“Respeito mútuo e ética são marcas muito fortes desse grupo e por isso foi muito fácil presidi-lo. Gostaríamos muito que a experiência que temos com esse setor seja também replicada em outras culturas”, diz José Eduardo Teófilo, um dos presidentes do GCONCI durante esse período.

Criado para ser um elo entre as instituições de pesquisa públicas, empresas privadas e o setor produtivo, o GCONCI reúne 18 especialistas que, além de orientar o produtor nas áreas fitossanitária e nutricional, apresentando-lhe as mais modernas tecnologias, dão também assistência em planejamento, estratégia, administração e gestão de pessoas. “Além de se tornar uma referência, o GCONCI tem essa habilidade de unir inteligências em torno de um interesse comum, que é o desenvolvimento e a evolução da cultura citrícola brasileira”, diz Camilo Lázaro Medina, presidente do grupo por três gestões.

Com a missão de buscar o aprimoramento técnico constante, levar informações atualizadas ao setor, atender às necessidades dos produtores com inovação, captação e adequação de tecnologias, o grupo pensa a citricultura de forma holística, considerando todo o negócio do citricultor, fazendo-o aprimorar a gestão e crescer, sem deixar de lado a preservação ambiental. Em sua trajetória, criou ainda convênios técnico-científicos com empresas de insumos do setor (como defensivos, fertilizantes e máquinas), contribuindo na elaboração e melhorias de produtos e estratégias, e na sua difusão ao setor.

“A citricultura mudou muito nesses 20 anos. Os desequilíbrios aumentaram, tanto no campo como na economia. Mas o citricultor também mudou a sua abordagem, mostrando-se resiliente, mais profissional e esperançoso de uma citricultura melhor”, diz Hamilton Rocha, atual presidente do GCONCI, já vivenciando a nova boa fase de preços da laranja, premiando quem soube gerir bem sua propriedade e se manter no negócio.

Profissionalismo e visão de futuro

Acompanhando o trabalho do Grupo desde o início, em 1996, Rubens Feferbaum, médico e também citricultor há mais de 35 anos, enxerga o contexto daquela época e o de hoje como mundos bem diferentes. “Antes, tínhamos problemas em relação a preços e o manejo da cultura era algo muito simplificado. Com o GCONCI, conseguimos uma resposta mais profissional da atividade porque ele se tornou um meio de divulgação de informações técnicas; de troca de experiências entre engenheiros agrônomos, químicos e pesquisadores. Formou-se um grupo muito refinado no sentido técnico e científico”, conta.

“Na minha opinião, o trabalho do GCONCI veio para quebrar um paradigma. Trabalho com eles há quatro anos, mas já vinha acompanhando o grupo há oito. Antigamente neste setor, perguntar para um produtor ou um profissional o que havia sido feito numa propriedade que obteve bons resultados não era possível; era segredo. Com o GCONCI, isso mudou”, diz Norberto Costa, citricultor há 11 anos em São João da Boa Vista (SP). Além da divulgação sistemática de informações, Costa destaca também a abertura do Grupo para o uso de novas tecnologias. “O grande diferencial do GCONCI é a sua visão de futuro, trazendo sempre para nós o que há de mais avançado”, completa.

Costa diz ainda que, após o início do trabalho com o GCONCI, conseguiu, além de um incremento de produtividade, uma diminuição de custos por caixa de laranja produzida, e uma melhora significativa de sua fruta. O citricultor colheu na última safra 130 mil caixas em uma área de aproximadamente 120 hectares.

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