Fungos do rúmen de bovinos e caprinos é tema de dissertação de mestrado no ICA

03.02.2012 | 21:59 (UTC -3)
Flávia Abrão

A Mestranda em Ciências Agrárias da UFMG, Flávia Oliveira Abrão, defendeu publicamente, no dia 31 de janeiro, a dissertação “Fungos do Rúmen de Bovinos e Caprinos de Corte, No Norte de Minas Gerais”, orientada pelo professor Eduardo Robson Duarte e foi aprovada pela banca examinadora.

O objetivo da pesquisa era avaliar as características físico-químicas do fluido ruminal e a população de fungos do rúmen em função de três categorias, vacas, novilhos e bezerros criados em pastagens tropicais, em função de duas espécies (bovina e caprina) criadas extensivamente em pastagens lignificadas e de diferentes dietas fornecidas a novilhos (novilhos alimentados com e sem volumoso).

Sobre os resultados, Flávia comenta que “a população de fungos ruminais difere tanto conforme a idade de bovinos criados em pastagens tropicais, quanto entre novilhos alimentados com e sem volumoso, bem como entre as espécies bovina e caprina criadas em mesma condição. O gênero Aspergillus predominou entre os isolados fúngicos do rúmen de bovinos mestiços Nelore”.

Flávia afirma que são poucos os estudos sobre a variação da microbiota presente no rúmen em função da categoria animal e o perfil da população em animais criados em pastagens tropicais lignificadas. “Estudos são ainda necessários para avaliar as características ruminais de diferentes espécies de animais de produção, bem como a interferência da dieta sobre os parâmetros fermentativos e microbianos. O conhecimento mais acurado dessas características, como o gerado nesta pesquisa, permitirá a melhor manipulação ruminal com maximização do sistema de produção”, acrescenta.

Os resultados gerados nesta pesquisa poderão contribuir para uma melhor manipulação do ambiente ruminal, evitando-se perdas no sistema de produção de bovinos e caprinos de corte criados em regiões de clima semi-árido. “Comunidades rurais que dependem da pecuária da corte, poderão trabalhar com maior eficiência e produtores rurais poderão fornecer o alimento ou aditivo microbianos mais indicados para seus animais e para a microbiota do rúmen, maximizando a produção no período seco do ano” disse Flávia.

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