Fundecitrus divulga a terceira reestimativa da safra 2022/23

Chuvas volumosas dos últimos meses contribuíram para o crescimento e aumento do peso das laranjas, mas também intensificaram a queda prematura de frutos

10.02.2023 | 13:32 (UTC -3)
Daniele Merola

A terceira reestimativa da safra de laranja 2022/23 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro, divulgada pelo Fundecitrus nesta sexta-feira (10), aponta produção de 316,23 milhões de caixas de 40,8 kg. Os dados indicam que a produção deve ser 0,7% maior em relação à projetada em dezembro de 2022.

As chuvas volumosas que ocorreram nos últimos dois meses favoreceram o crescimento e aumento do peso das laranjas. No entanto, a alta frequência e forte intensidade das precipitações, muitas inclusive em forma de temporais, prejudicaram significativamente a queda prematura dos frutos, anulando o efeito positivo do ganho de peso.

Outro fator que também impactou o número foi o aumento da produção da variedade Pera Rio, que se aproxima do encerramento da colheita com produtividade acima do esperado. Dessa forma, a safra reestimada ainda fica mantida em 0,2% abaixo da projetada inicialmente, em maio de 2022.

De acordo com o coordenador da Pesquisa de Estimativa de Safra (PES) do Fundecitrus,Vinícius Trombin, o desenvolvimento da safra segue dentro do esperado. “Não houve uma alteração muito significativa no volume total da safra. O crescimento é um ajuste efeito compensatório normal que precisa ser realizado à medida que os talhões vão sendo colhidos. Além disso, houve um efeito compensatório: os frutos cresceram um pouco mais, mas infelizmente também caíram mais”, afirma Trombin.

Peso dos frutos e taxa de queda

As chuvas mais concentradas no final da safra melhoraram o tamanho médio dos frutos das variedades de meia-estação e tardias. Nesta nova projeção, são necessários 256 frutos para compor uma caixa de 40,8 kg, o que significa quatro frutos a menos em relação ao cenário de dezembro. Considerando-se todas as variedades, a taxa média de queda de frutos aumenta de 20,10% para 20,80%. Esse pequeno aumento também foi causado pelo quadro de chuvas constantes e intensas que predominou nos últimos dois meses.

A colheita, em meados de janeiro, alcançou cerca de 88% da produção total, restando ainda aproximadamente 38 milhões de caixas para serem colhidas, na sua maioria frutos de terceira e quarta floradas.

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