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Aconteceu na manhã deste sábado (30), o fórum “Sucessão na Agricultura Familiar”, durante o Rural Show 2012 – um dos maiores eventos de agricultura familiar do Rio Grande do Sul.
Importantes nomes do setor debateram por mais de uma hora sobre práticas que podem ser feitas para evitar o êxodo rural, apontando também os principais problemas que ocorrem hoje, as dificuldades e as desvantagens que o agricultor tem no seu dia-a-dia.
O presidente da Emater/RS – ASCAR, Lino De David, destacou que para conseguir tratar e enfrentar esse problema, o tema tem que fazer parte da pauta de política pública brasileira. “É necessário ter o envolvimento da população e do Estado, que se afastou do produtor e do processo de proteger e produzir alimentos”, enfatizou.
Segundo ele, o êxodo rural é um dos problemas estruturais mais sérios do Brasil na atualidade. “Se não houver reposição de jovens, não vai ter agricultura familiar ali na frente. E a sociedade vai pagar caro por isso”.
O presidente da Fetag/RS, Elton Weber, concordou e pediu atenção para o crescimento populacional. “Daqui alguns anos vai faltar comida para alimentar todas as pessoas do mundo”.
Weber também considerou alguns pontos positivos, como a ampliação dos direitos trabalhistas do produtor rural, benefícios previdenciários e a criação de programas como o PRONAF, o PNAE e o + Alimentos como fatores que fizeram com que o êxodo rural não fosse maior.
O vice-presidente da Cooperativa Languiru, Renato Kreimeier, defendeu durante o Fórum os benefícios de se associar a uma cooperativa. “A cooperativa é a grande saída para manter o jovem na propriedade, pois oferece variadas opções de negócios e essa diversificação faz com ele fique”, explicou, e complementou: “O cooperativismo promove a inclusão do jovem no meio rural e na sociedade e, além disso, o acolhe, permitindo que também tome decisões.
De acordo com o presidente da Sicredi Pioneira, Márcio Port, a questão financeira leva muitos jovens a abandonarem o meio rural. “É importante discutir o processo de distribuição de renda na família, o que e quanto cabe a cada um”.
O presidente da CEASA/RS, Paulino Olivo Donatti, salientou a importância de encurtar o caminho do agricultor entre o balcão e o consumidor. “Se perde muito em termos de economia neste processo”.
Segundo Donatti, existe muito campo ainda para se avançar e trabalhar. “O cenário é pouco adiantado, mas as entidades estão acordando. Agora é arregaçar as mangas e tocar para frente”.
O presidente da Coopertaiva Piá, Gilberto Kny, enfatizou que o tema “Sucessão na Agricultura Familiar” ainda deve ser muito debatido. “Temos a responsabilidade de dissecá-lo, encontrando formas para melhorar o setor”.
Durante o Fórum também foi apresentado o case do produtor rural de Nova Petrópolis e técnico em Agropecuária, Marcos Seefeld, de 22 anos. O jovem contou sobre as experiências vivenciadas no dia-a-dia, a importância da profissionalização, das linhas de crédito disponíveis para o setor, a boa renda alcançada e do incentivo que teve da família em tocar o negócio. “Todos esses fatores me fizeram escolher por permanecer nas terras e criar a expectativa de que, a cada ano, vai ser melhor”.
O Rural Show é organizado pela Cooperativa Piá, Emater/RS - ASCAR, Sicredi Pioneira e Prefeitura Municipal de Nova Petrópolis.
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