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O consumo de fertilizantes via folha deverá chegar a 201 milhões de litros em 2013, segundo levantamento realizado pelo Grupo Produquímica, destacado durante o Fórum Abisolo.
Em 2007, o valor comercializado foi de 103 milhões de litros. “Essa estimativa de crescimento de mais de 50% no período deverá ser resultante do aumento no consumo em diversas culturas, principalmente, a da cana-de-açúcar, que hoje pouco utiliza o fertilizante foliar”, avaliou o Diretor Comercial do Grupo Produquímica, Franco Borsari. “Há um potencial de crescimento grande nesse segmento que tem uma previsão de passar dos 80 ton/ha produzidos para 240 ton/ha, no futuro”, acrescentou.
Outro ponto que irá contribuir para a maior utilização do fertilizante via folha é o aumento da área plantada. Hoje, estima-se que seja 68 milhões de hectares, com destaque para soja, milho, cana, citros, café e eucalipto. Para 2013, o estudo prevê uma área plantada de 75,7 milhões de hectares. “Se compararmos a produção de soja no cerrado, ela obteve crescimento considerável nos últimos de anos”, exemplificou Borsari. Entre 1997 a 2007, o aumento foi de 43%, passando de 6,5 milhões para 15 milhões de ha.
Quanto a média ponderada de fertilizante foliar utilizado nas plantações, Borsari afirmou que atualmente o índice gira em torno de 31%, devido a pouca utilização na cultura da cana. “Para 2013, esperamos ter uma adoção de 36%”, ponderou.
Para obter os dados de mercado, foram analisados 467 resultados publicados em instituições de ensino, laboratórios, centros de pesquisas e publicações agronômicas especializadas, além disso, houve um levantamento com mais de 150 técnicos, distribuidores, consultores em diferentes cultivos por todo o território nacional. Os números foram apresentados no III Fórum Abisolo, que foi realizado entre 13 e 15 de abril, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em Piracicaba, interior paulista.
USO DE EXTRATOS DE ALGAS MARINHAS BENEFICIA PRODUTIVIDADE AGRICOLA
Estudos da Acadia Seaplants, empresa canadense, demonstraram que o uso de extratos de alga marinha pode ser benéfico para a atividade agrícola. Entre as vantagens estão: o estímulo do desenvolvimento e crescimento da raiz, o aumento da resistência em relação a agentes microbianos patogênicos, maturação mais rápida, crescimento uniforme de culturas e maior resistência em condições extremas de temperatura e ambiente.
Durante o III Fórum Abisolo, realizado entre 13 e 15 de abril, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em Piracicaba/SP, o gerente de pesquisa agrícola da Acadian Seaplants, Jeffrey Norrey, enfatizou que todo o trabalho da empresa é feito com extratos de algas que crescem naturalmente em uma baía na região leste do Canadá. “Nosso objetivo é entender os motivos que levam o uso do produto a impactar positivamente a produção agrícola, dessa maneira procuramos realizá-la de modo sustentável”, explicou. A Acadia Seaplants comercializa produtos a partir da Ascophyllum Nodosum, uma das 12 mil diferentes algas marinhas existentes.
Uma das metas da empresa, segundo Norrey, é conseguir transferir a propriedade de sobrevivência da alga para a plantação. “A Ascophyllum suporta temperaturas que variam de 20ºC até -20ºC, em um mesmo dia, devido a atividade das marés”, ressaltou. “Além disso, por ser um produto natural, pode ser aplicado diversas vezes em diferentes situações”, acrescentou. Esses extratos vegetais podem ser utilizados em conjunto com os fertilizantes minerais.
MUDANÇA NA LEGISLAÇÃO FOI POSTIVA PARA O SETOR DE FERTILIZANTE FOLIAR
“A mudança na legislação foi positiva para elevar a qualidade do fertilizante foliar no Brasil, mesmo com as garantias mínimas sendo inferiores a legislação anterior”, afirmou o Engenheiro Agrônomo, João Carlos Alcarde, no III Fórum Abisolo, que aconteceu entre 13 e 15 de abril, na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em Piracicaba/SP.
Por outro lado, Alcarde destacou que as tolerâncias para deficiências de micro e macronutrientes no fertilizante foliar estão mais apertadas. “Além disso, ainda foram acrescentadas as tolerâncias para excessos e, também, para contaminantes, que na legislação anterior não existiam”, enfatizou.
Apesar disso, o engenheiro comentou que não existe uma metodologia uniforme para a avaliação das empresas de fertilizantes foliares, o que prejudica uma avaliação real da conformidade do mercado. O último dado publicado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) era de que 98,74% das empresas do setor estão em conformidade, ante a 60,85% da medição anterior.
A recomendação feita por Alcarde em sua palestra é que haja uma maior congregação das companhias do segmento de foliares e que o MAPA poderia aperfeiçoar suas estatísticas de não-conformidades para que seja cada vez melhor a qualidade de produtos ofertados pelo mercado.
Informações adicionais:
Fonte: Mecânica de Comunicação - (11) 3259-6688 / 1719
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