Feijão safrinha apresenta boa qualidade

07.06.2013 | 20:59 (UTC -3)
Raquel Aguiar

Segundo dados do Informativo Conjuntural, elaborado pela Emater/RS-Ascar, a qualidade dos grãos da safrinha de feijão é considerada muito boa. A evolução da cultura é normal no Estado com aproximadamente 80% da área colhida, outros 5% estão na fase de enchimento de grãos e 15% dos grãos estão maduros esperando a colheita. A produtividade estimada (1.388 kg/ha) se mantém, mas ocorrendo lavouras finais com rendimento superior a este, podendo ainda haver alterações na média final do Estado. Os produtores estão colhendo e ofertando o produto para fazer caixa e pagar dívidas próximas, uma vez que os preços são atrativos. A comercialização no RS, nesta semana, permaneceu estável, mantendo o preço médio da saca de feijão preto em R$ 131,64, mas estando 34,2% acima da média histórica geral.

O plantio do trigo não evoluiu de maneira satisfatória durante a semana. A inconstância do tempo, alterando períodos longos de alta umidade, tem prejudicado o andamento do processo. Em âmbito estadual, o percentual chega a 12% do total projetado, mesmo percentual verificado na safra passada nesta mesma época. Na média, este percentual deveria ser de 20%. Na região de Santa Rosa, uma das maiores produtoras, os agricultores estão preocupados com o atraso e esperam entrar nas lavouras nesta semana. Em termos de cotação, a saca de 60 kg do produto teve pequena desvalorização (-0,49%), ficando na média estadual a R$ 30,54.

Na região do Vale do Caí, aumentou rapidamente o volume colhido das frutas cítricas. Entre as bergamotas, a cultivar Caí já atinge 60% das frutas colhidas e a Ponkan, 30%. A alta incidência da mosca-das-frutas também tem apressado a colheita das laranjas, bastante atacadas pelas pragas. As cultivares Umbigo Bahia e Céu Precoce já estão em final de colheita, com percentual de frutas colhidas de 90% e 85%, respectivamente. A qualidade das frutas cítricas continua muito boa, graças às boas condições climáticas atuais e ocorridas durante a fase de desenvolvimento.

Há uma produção abundante de hortaliças folhosas, mas as altas umidades do ar, favorecidas pela ocorrência de precipitações no período, intensificam ataque de doenças fúngicas. Na região Sul, em algumas propriedades, houve danos devido à chuva forte e ao granizo. Na região Noroeste Colonial, durante a semana houve intensificação do transplante das espécies folhosas. Os preços começam a dar sinal de baixar, embora ainda haja procura por parte das escolas para a alimentação de escolares.

As lavouras de mandioca estão com desenvolvimento normal. Em andamento a colheita com boa produtividade e bom preço. Mandioca de primeiro ano passa a apresentar bom cozimento, em consequência das baixas temperaturas, o que favorece a comercialização. No Vale do Taquari, a colheita atinge 70% e o valor da caixa de 22 kg varia de R$ 12,00 a R$ 13,00.

Houve aumento de oferta de pasto, devido ao bom estabelecimento e desenvolvimento das pastagens anuais de Inverno, especialmente as gramíneas anuais de Inverno mais cultivadas no Estado: aveia e azevém. Os agricultores seguem realizando os tratos iniciais necessários para o desenvolvimento das pastagens implantadas, principalmente adubação nitrogenada de cobertura, e piqueteamento dos potreiros. Neste período, observa-se um incremento gradual diário no volume de leite produzido em praticamente todas as regiões produtoras do Estado. O principal fator responsável pelo aumento da produção de leite é a maior oferta de plantas forrageiras, com redução do suprimento de concentrados protéicos para complementar a alimentação dos animais, contribuindo assim para reduzir o custo de produção.

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