ICL adquire a maioria das atividades da Lavie Bio
Os acordos existentes da Lavie Bio com seus parceiros atuais não serão transferidos para a ICL
Apesar do período de entressafra, o setor cafeeiro brasileiro segue enfrentando sérios gargalos logísticos. De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), 637,7 mil sacas deixaram de ser embarcadas em março, o que representou um prejuízo de R$ 8,9 milhões às empresas, em custos adicionais com armazenagem, detentions, pré-stacking e antecipação de gates.
Desde junho de 2024, quando o Cecafé iniciou o levantamento, as perdas acumuladas com esses custos extras já somam R$ 66,5 milhões. Além disso, a não exportação desse volume resultou na perda de US$ 262,8 milhões (R$ 1,51 bilhão) em receita cambial no mês, considerando o preço médio FOB de US$ 336,33 por saca e o câmbio médio de R$ 5,7462.
O diretor técnico do Cecafé, Eduardo Heron, destaca que o Brasil é o país que mais repassa o preço de exportação ao produtor, e os atrasos acabam impactando diretamente os cafeicultores. Embora haja anúncios de novos investimentos em infraestrutura, ele alerta para a urgência na execução das melhorias.
Segundo o Boletim Detention Zero (DTZ), em parceria com a startup ElloX Digital, 55% dos navios enfrentaram atrasos ou alterações de escala em março. No Porto de Santos, responsável por 78,5% das exportações no trimestre, 63% das embarcações foram afetadas — com espera de até 42 dias. No Rio de Janeiro, segundo maior exportador, o índice chegou a 59%.
Heron reforça que, apesar dos esforços dos terminais e do diálogo com autoridades e agentes privados, a situação ainda é crítica e ameaça comprometer o ritmo das exportações brasileiras de café. O Cecafé seguirá monitorando e dialogando com o setor para buscar soluções de curto e médio prazo.
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