Exemplos de produção de oliveiras são divulgados em evento internacional

Em um cenário internacional, foi realizada a abertura da I Feira Internacional de Negócios em Olivicultura - I Finoliva 2014 , na manhã desta terça-feira, 2/09, no Centro de Eventos da PUCRS, em Porto Alegre, capital gaúcha. O encontro motivado em trazer os melhores exemplos mundiais na produção de oliveiras, conta até sexta-feira, 5/09, com a participação de personalidades detentoras de conhecimento sobre a oleicultura e a olivicultura no Brasil e no mundo e suas atuais transformações. O evento propõe em paralelo a realização da II Jornada de Olivicultura, o I Concurso Internacional de Azeites e a I Feira Internacional de Azeites e Azeitonas. A Embrapa, através da sua unidade de pesquisas, a Embrapa Clima Temperado, de Pelotas/RS, foi homenageada no ato solene com o reconhecimento do troféu Celeste Gobato ao lado de outras entidades e pessoas que colaboram para o desenvolvimento da olivicultura no Brasil.

A primeira palestra do encontro ficou a cargo do reitor da Universidade de Jaén, Espanha, Manuel Parras, que fez uma abordagem atualizada sobre o processo de mudança da Oleicultura. Um dos mais expressivos nomes na temática é do professor e ex-diretor do IFAPA, Espanha, Juan M. Caballero, o qual conduziu os trabalhos da Jornada. Na sequência, foi possível que a plateia acompanhasse as atividades realizadas pelo Conselho Oleícola Internacional (COI), sob a coordenação do diretor-executivo, Jean Luis Barjol.

A Jornada vai tratar ao longo do evento de abordagens sobre o uso de azeites para nutrição e saúde, mercado consumidor, necessidades e adequações de plantas para extração de azeites, necessidades e estudos de solo e clima, escolha de variedades e multiplicação, sistema de cultivos, controle de pragas e enfermidades, classificação de azeites, controle e aproveitamento de resíduos, entre outros assuntos.

Durante o evento, a Embrapa expõe em espaço na Feira dos resultados de suas pesquisas, através do estudo do Zoneamento Edafoclimático da Olivicultura no RS e das cultivares de oliveiras Arbequina, Arbosana, Koroneiki, Pictual e do Laboratório de Azeites da Unidade de pesquisas. No dia 4, quinta-feira, o diretor-executivo do COI, Jean Luis Barjol, realizou visita à unidade de pesquisas, em Pelotas, para conhecer os trabalhos em áreas experimentais de pesquisa em olivicultura, além de estudos realizados no Laboratório de Azeites. Finalizou o roteiro, com visitações aos olivais, localizados no município de Pinheiro Machado/RS.

Na sexta-feira, dia 5, serão apresentados pelos pesquisadores Enilton Coutinho e Rogerio Jorge, os Estudos de clima e solo regionais para Olivicultura, dentro da programação da II Jornada Internacional da Olivicultura.

Trofeu Celeste Gobato

O chefe-geral, Clenio Pillon, recebeu do presidente da Associação Rio-grandense de Olivicultores, Guajará Oliveira, o troféu Celeste Gobatto, como um reconhecimento à dedicação e trabalho da Empresa no desenvolvimento de conhecimento e pesquisas na área da olivicultura, nesta terça-feira, 2/09, na abertura oficial da I Finoliva 2014. O Trofeu é uma homenagem a celebridade nacional, que em 1930, realizou um mapeamento agroclimatológico. Foi um dos maiores incentivadores da olivicultura no Brasil. Além da Embrapa receberam a homenagem mais alguns representantes de instituições como a PUCRS, a EPAMIG, a EPAGRI, a Universidade de Jaén, Espanha, o ex-governador Germano Rigotto e a senhora Ovania Basso Oliveira, como introdutora das oliveiras no Estado gaúcho.

Estudo com Oliveiras é apresentado ao COI

Barjol visita Embrapa e conhece áreas de produção de azeitonas e azeites brasileiros

Nesta quinta-feira, 4, a Embrapa Clima Temperado, de Pelotas/RS, recebeu em sua área de pesquisa em Olivicultura, um dos maiores estudiosos no assunto, o diretor-executivo do Conselho Oleícola Internacional (COI), Jean Luis Barjol. O visitante está no Brasil participando da I Feira Internacional de Olivicultura, na PUCRS, em Porto Alegre/RS e tem interesse em conhecer os trabalhos desenvolvidos por uma unidade de pesquisas brasileira na produção de oliveiras, visto que o país ainda não é membro do COI, instituição ligada a ONU, com sede em Madri, Espanha.

Segundo o pesquisador Enilton Coutinho, o francês Barjol ficou impressionado com a coleção experimental da Embrapa Clima Temperado. "É impressionante o vigor das plantas, seu tamanho em altura", disse Barjol. Enilton explica que as áreas a campo brasileiras e europeias são bem diferenciadas em função do solo, por isso, Barjol ficou surpreso com a produção brasileira. É a primeira vez que o diretor-executivo do COI vem ao Brasil. Ele também teve uma ideia da produção de oliveiras em larga escala, através de visitação ao olival da Challet Agropecuária, propriedade de Eduardo Batalha, em Pinheiro Machado.

"Deveremos ter algumas ações de parceria com o COI, especialmente a temas de interesses do Conselho como estudo de mercado, formação de painel sensorial, estudo de fraudes no mercado brasileiro", vislumbrou o pesquisador Rogério Jorge.

Para o coordenador geral da Câmara de Comércio Brasil-Portugal no Rio Grande do Sul e vice-presidente da Aliança Francesa, Joaquim Firmino, é preciso preparação para aportar um desafio. "Há um consumo interno de azeites de oliva, mas se o Brasil for membro do COI será possível entrarmos num mercado de exportação de alta qualidade para empresas e um mercado de exportação direcionado a alta gastronomia", comentou. Mas, conforme ele, há um caminho a ser percorrido para a apresentação do produto brasileiro ao mercado estrangeiro.

Jean Luis Barjol foi recebido pelo chefe-geral, Clenio Pillon, o chefe adjunto de pesquisa e desenvolvimento, Jair Nachtigal, o assessor técnico de Núcleo de Relações Internacionais da Unidade, Luis Eduardo Antunes, o técnico da Superitendência Federal do Ministério da Agricultura do Rio Grande do Sul, Ricardo Furtado, e membros da equipe de pesquisa em olivicultura.

Produção de Oliveiras

A Unidade de pesquisas possui uma área de cerca de um hectare, com 70 variedades, num período de cultivo há sete anos, cujas espécies são avaliadas para propagação de material a serem instaladas em outros locais.

A Embrapa possui áreas experimentais em propriedades rurais localizadas nos municípios de Alegrete, Bagé, Cachoeira do Sul, D.Pedrito, Ibarama, Uruguaiana, Viamão e em outros.